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Nyusi diz que FADM não podem acolher pessoas com agendas obscuras

Foto: O País

O Presidente da República exige o fim da corrupção no recrutamento de jovens às Forças Armadas de Defesa de Moçambique, para evitar o ingresso de pessoas com agendas obscuras. Filipe Nyusi diz também que, além da venda de drogas, o tráfico de órgãos humanos pode estar a financiar o terrorismo.

Nyusi falava esta segunda-feira, durante a abertura do 23º Conselho Coordenador do Ministério da Defesa. Na sua intervenção, Filipe Nyusi disse que a corrupção no sector abre espaço para existência de militares com agendas não claras.

“No âmbito da prevenção, uma vez que algumas ameaças decorrem de dinâmicas internas, reforcem o escrutínio de incorporação de efectivos para as FADM e para o Serviço Cívico de Moçambique. As FADM e Força Cívica e Serviço Cívico de Moçambique não podem acolher indivíduos com agendas alheias. O processo de recrutamento não deve ser caracterizado por corrupção, para evitar a incorporação do individuo”, referiu o Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança.

Aos órgãos da Defesa, Nyusi apelou à atenção redobrada a crimes como o tráfico de drogas e de órgãos humanos. Segundo o Chefe de Estado, o terrorismo que Moçambique vive nos últimos tempos cria condições para diversos o tráfico de drogas, armas e de seres humanos, entre outros crimes que podem gerar recursos para financiar o grupo armado.

“O terrorismo cria por si um ambiente de caos que propicia a prática de actos criminosos. Em fase desta realidade, urge combater, de forma organizada, programada e determinada, este fenómeno, sob risco de se hipotecar o destino risonho que queremos, que é construir o futuro para o nosso povo”, alertou Filipe Nyusi.

Nos quatro dias em que vai decorrer o Conselho Coordenador, o Presidente da República disse que, mais do que estudar o combate a crimes, é preciso que se encontrem formas de melhorar os serviços de saúde para os militares, com especial destaque para os que estão em Cabo Delgado.

“Queremos que assumam a vanguarda na concepção de um mecanismo que reforça a capacidade operativa, através da formação de comandantes, forças especiais, reforço ou formação qualitativa de sargentos e quantidade efectivas em contingente capazes de enfrentar no teatro e preenchimento de orgânicas de diferentes níveis”, apelou Nyusi.

O Presidente da República disse, ainda, ser urgente a reestruturação e modernização dos hospitais militares de Maputo, Nampula e do centro de saúde de Matacuane, na Beira.

“Nestes exercícios, desenvolvam o projecto de construção de um hospital militar, como já tínhamos orientado, com características de um hospital distrital em Cabo Delgado”, terminou.

O Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional, que decorre de 21 a 24 de Novembro, teve a sua abertura na Cidade de Maputo, entretanto realiza-se no distrito da Manhiça, durante quatro dias, sob o lema “Sector de Defesa engajado na prevenção e no combate a quaisquer formas de agressão à pátria”.

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