Na cidade de Tete, apenas a Frelimo e a Renamo iniciaram a campanha eleitoral. O Movimento Democrático de Moçambique não se fez à rua devido à falta de material eleitoral que ainda estava sendo impresso.
O sol raiou e ficaram evidentes as marcas do arranque de um processo que há muito era anunciado, a campanha eleitoral, e na província de Tete, não foi diferente.
Há panfletos espalhados pelas artérias da cidade das Quininas, nos muros, paredes de lojas, instituições bancárias, até em placas indicativas de direcção, dizendo vota na Frelimo, Vota na Renamo…
A Frelimo, que esteve representada pelo membro da comissão política e Chefe da brigada de assistência à província de Tete, Verónica Macamo, explicou que já iniciou a “caça ao voto” em todas as 5 autarquias da província e quer ganhar em todas elas.
“Precisamos vencer as eleições para consolidar a paz e o desenvolvimento do nosso país. Criar um Moçambique cada vez mais próspero, em prol dos moçambicanos, do Rovuma ao Maputo. Reforçar a acção governativa, nos órgãos locais, garantir melhor prestação dos serviços. Nós vamos falar das nossas realizações, ou seja, o que fizemos no âmbito da Governação autárquica e também iremos dizer o que a Frelimo pretende fazer e, cada autarquia, mas também vamos dizer o que a Frelimo pretende fazer nas autarquias, em prol das comunidades e dos munícipes”
O número um da lista da Renamo, quer arrancar o município de Tete das mãos da Frelimo, apontando soluções para aquilo que enumerou como principais problemas da cidade.
“ Um dos principais manifestou é olhar para juventude. Precisamos prover talhões para a nossa juventude. A cidade de Tete tem 60 quilômetros de raio e vemos o município incapaz de prover espaços e talhões organizados para os nossos jovens. Um outro ponto que prometemos ao munícipe é o abastecimento de água. É inconcebível que um município que é atravessado pelo rio Zambeze, tenha problemas sérios de abastecimento de água. O Zambeze tem sempre agua”, garantiu Ricardo Tomás, cabeça de lista da Renamo.
Questionado sobre a viabilidade da iniciativa, Tomás diz que irá criar o maior posto de abastecimento de água da região, em parceria com o Fundo para Investimento e Património do abastecimento de água, FIPAG, porém caso este não se mostre interessado, irá apostar em parcerias privadas.
Já o Movimento Democrático de Moçambique não saiu à rua, nem sequer tem panfletos espalhados, pelo menos na cidade.
O País sabe que a impressão do material da campanha só foi finalizada no fim da manhã desta terça-feira e, até o fecho desta reportagem, continuava na província de Chimoio.