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Parlamento da África do Sul chumba destituição de Ramaphosa

O parlamento da África do Sul chumbou, esta terça-feira, a destituição do Presidente daquele país, ao rejeitar o relatório de uma comissão independente que concluiu que Cyril Ramaphosa pode ter violado a Constituição num caso de alegada corrupção.

Os deputados votaram hoje, na Cidade do Cabo, contra a aprovação do relatório parlamentar com 214 votos contra, 148 votos a favor e duas abstenções, anunciou a presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, do ANC, partido que detém a maioria no parlamento.

Segundo o Notícias ao Minuto, cinco deputados do ANC votaram a favor da aprovação do relatório parlamentar, entre os quais a actual ministra da Governação Cooperativa e Assuntos Tradicionais, Nkosazana Dlamini-Zuma.

Cyril Ramaphosa é acusado de tentar esconder da polícia e das autoridades fiscais o roubo de grandes somas de dinheiro, depois de terem sido encontrados mais de 10 milhões de rands na sua quinta agrícola Phala Phala, situada na província de Limpopo.

O voto da ministra Dlamini-Zuma surpreendeu os deputados da Assembleia Nacional, ao ser a primeira a ‘romper’ as “fileiras” do partido no poder e antigo movimento de libertação, na votação aberta. “Como membro disciplinado do ANC, eu voto sim”, declarou.

A sessão de hoje realizou-se no salão municipal da Cidade do Cabo, devido à destruição parcial do edifício da Assembleia Nacional por um incêndio no início deste ano.

Ramaphosa, que substituiu Jacob Zuma, é o primeiro Presidente pós-apartheid a enfrentar a possibilidade de um processo de destituição no parlamento.

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