Os professores do Ensino Superior em Angola ameaçam boicotar o arranque do ano lectivo, previsto para 4 de Outubro, se o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação não melhorar as condições de trabalho e os seus salários.
Trata-se de uma greve realizada por professores do Ensino Superior em Angola. Com a actual paralisação de actividades de preparação para o ano lectivo, os profissionais reivindicam a falta de condições para realização de seus trabalhos e melhorias nos salários.
Segundo o líder do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior de Angola, o silêncio do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia em relação às exigências dos professores que estão no caderno reivindicativo pode ameaçar o arranque do ano lectivo.
De acordo com as exigências, citadas pela RFI, os profissionais enfrentam vários problemas, entre eles, a rejeição de eleições para indicação de novos reitores nas universidades do ensino superior público.
“Nós vamos apelar à greve. A rejeição das eleições, os salários miseráveis e temos, ainda, o problema de falta de infraestruturas nas instituições de ensino superior”, enumerou Peres Alberto, também professor universitário, citado pela RFI.
Entretanto, a Associação dos Estudantes das Universidades Privadas de Angola avançou com uma petição esta terça-feira, solicitando ao Presidente de Angola a revogação do decreto que agrava em 25% as propinas no ensino superior e 15% no ensino geral.