O tráfego aéreo em toda a Europa foi severamente interrompido, na sexta-feira, após um grande ataque cibernético ter como alvo sistemas críticos de check-in e embarque usados por vários aeroportos. A situação causou atrasos generalizados e cancelamentos.
O ataque atingiu sistemas operados pela Collins Aerospace, uma importante prestadora de serviços de aviação cuja tecnologia de check-in eletrónico e manuseio de bagagem é usada em aeroportos de todo o continente. As operações foram significativamente afectadas no Aeroporto de Bruxelas, no Aeroporto de Berlim e no Aeroporto de Heathrow, em Londres, entre outros.
“Um ataque cibernético a uma empresa externa que cuida do check-in e do embarque… esse sistema não pode ser usado agora. Temos que processar os dados manualmente”, disse Ihsane Chioua Lekhli, porta-voz do Aeroporto de Bruxelas, citado pelo African News.
A Collins Aerospace, uma das maiores empresas de aviação e defesa do mundo, com mais de 80 mil funcionários, agora está a enfrentar um escrutínio sobre sua resiliência em segurança cibernética.
Enquanto os aeroportos esforçavam-se para se recuperar, os passageiros foram incentivados a verificar o status do voo antes de se dirigirem aos terminais.
Estão suspensas as aulas na Escola Básica de Chongoanine, em Gaza, após incêndio que destruiu totalmente a secretaria e processos administrativo-pedagógicos de mais de 30 anos. A direcção da Escola diz que o incidente vai comprometer o processo de preparação das matrículas, incluindo exames.
Mais 500 processos pedagógicos, incluindo pautas, manuais escolares, computadores e outros eletrodomésticos ficaram totalmente destruídos, na sequência de um incêndio que deflagrou na madrugada desta terça-feira, na secretaria da Escola Básica de Chongoanine, no distrito de Chongoene.
“Isto começou por volta das 23 horas, mas há dias falaram sobre o dinheiro do guarda. Foi este problema que começou com isto e não se trata de curto-circuito. Queimaram esta escola. Perdemos muita coisa”, lamentou, um dos residentes de Fidel Castro.
Gritos por volta das zero horas despertam os residentes à volta da escola, que de imediato tentaram com meios próprios apagar o fogo, sem sucesso.
“Muita coisa perdemos. E evacuamos para uma sala aqui. Mas pouca coisa. Não sei se a escola tem dados em outros formato eletrónico, não sei onde está guardado. Mas, caso não, não se sabe como se vão produzir dados do primeiro e segundo trimestre”, questionou Mateus, encarregado de Educação.
Com este incidente, que se supõe tratar de fogo posto, foram destruídos processos administrativo-pedagógico de mais de 30 anos.
“E são muitos que vinham pedir documentos. E nós recorremos ao nosso arquivo. Neste momento não temos nada. Tudo reduziu-se às cinzas”, disse o director da escola.
Rosílio Marcos alerta que o estrago feito terá consequências graves, e que para já vai comprometer o processo de preparação de matrículas e exames.
“Não temos pauta, não temos pasta de processo tanto dos alunos assim como dos professores. Não temos nem cadeira, não temos quase nada. A escola vai recomeçar, vai ter que recomeçar. E estamos a aproximar o período de exames. Teremos exames da sexta e nona classes. Não sabemos como é que vamos fazer”.
Devido à gravidade da situação, a escola decidiu suspender de imediato às aulas para dar lugar às investigações na comunidade de Fidel Castro.
“Suspendemos, pois não estamos em condições morais para trabalharmos. E mais de dois mil alunos estão em casa”
Suspeita-se que seja fogo posto, tendo em conta histórico de resistência da comunidade para pagamento do valor de guarda, bem como de alguns alunos revoltados com fraco aproveitamento escolar. A direcção da escola , exige seriedade e celeridade na investigação do caso.
“Acabamos pensando que podem ser alunos com um aproveitamento baixo”.
Além de processos administrativos, não escaparam à fúria do fogo, eletrodomésticos, incluindo dois computadores com informações sensíveis sobre o funcionamento da escola. Sobre o assunto, contactamos a direcção distrital da educação que prometeu pronunciar-se oportunamente.
Nos últimos meses, a cidade de Inhambane tem sido palco de uma sucessão de acidentes envolvendo mototaxistas, um cenário que deixou marcas profundas nas famílias e expôs fragilidades na forma como esta actividade é exercida. Em uma semana, três pessoas perderam a vida em consequência de acidentes com motorizadas que faziam transporte de passageiros.
O número de acidentes é considerado alarmante pelas autoridades municipais, que decidiram agir com firmeza. O resultado imediato foi a apreensão e posterior legalização de mais de 40 motorizadas que circulavam de forma irregular, sem qualquer documentação ou licenciamento.
Mas a acção não se limitou à parte repressiva. O município pretende capacitar condutores com vista a colocar ordem a um sector que cresceu de forma descontrolada.
Novais Abubacar, vereador para a Área dos Transportes no município de Inhambane, sublinha que o principal objectivo não é perseguir os mototaxistas, mas sim salvar vidas e devolver segurança às estradas da cidade.
“O trabalho foi positivo. Positivo porque alcançamos aquilo que eram os nossos objectivos. Queríamos travar, ou pelo menos reduzir, a frequência dos acidentes que vinham acontecendo quase todas as semanas. Por isso fizemos a campanha e apreendemos os meios que circulavam de forma ilegal. Felizmente, os resultados já se fazem sentir. De lá para cá, os acidentes praticamente pararam e, além disso, notamos uma mudança no comportamento dos mototaxistas. Hoje há mais prudência e um pouco mais de respeito nas estradas”, afirma o vereador, destacando que o impacto imediato foi satisfatório.
Apesar das apreensões, a edilidade optou por combinar a medida enérgica com acções pedagógicas. Segundo Novais Abubacar, foi feita uma campanha de sensibilização sobre condução defensiva, reforçando junto dos condutores a importância de respeitar o código de estrada.
“Além de retirarmos os meios que estavam a operar de forma ilegal, também abrimos espaço para capacitação. Não se trata apenas de legalizar a motorizada, é preciso legalizar o condutor. Muitos destes jovens nunca tiveram contacto com uma escola de condução. Aprenderam em casa, com amigos ou familiares, e depois lançaram-se à estrada a transportar passageiros. Isso é extremamente perigoso”, explica.
CAPACITAÇÃO AOS MOTOTAXISTAS
Para corrigir a situação, o município vai arrancar já na próxima segunda-feira com aulas de capacitação para mototaxistas. Até ao momento, cerca de 45 condutores já se inscreveram para receber formação em matérias de código de estrada e condução defensiva. A ideia, segundo o vereador, é transformar uma actividade marcada pela informalidade numa prática mais organizada e segura.
“Queremos que eles tenham noções básicas de trânsito e passem a operar dentro da legalidade. Já legalizámos 42 motorizadas que circulavam de forma irregular e agora queremos que os condutores também fiquem dentro da lei”, explica.
A medida surge também como resposta a um problema maior: a falta de controlo sobre o sector. Novais Abubacar reconhece que a própria associação dos mototaxistas perdeu a capacidade de regular os seus membros.
“Neste momento, qualquer cidadão pode pegar uma motorizada, colocar-se numa praça e começar a transportar passageiros. Não tem identificação, não está registado, não há nenhum tipo de controlo. Alguns até são menores de idade. Isso é gravíssimo. É por isso que decidimos intervir, para trazer alguma ordem”, afirma o vereador.
Questionado sobre críticas que apontam as operações municipais como uma forma de perseguição aos mototaxistas, Abubacar esclareceu que não existe nenhuma perseguição.
“Se o nosso objectivo fosse perseguir, simplesmente afastávamo-nos e deixávamos as mortes continuarem a acontecer todos os dias. O que estamos a fazer é regular o trânsito e regular a forma como os mototaxistas trabalham. Quem foi afectado pelas nossas acções pode até sentir que é perseguição, mas a verdade é que não queremos que ninguém opere de forma ilegal. O nosso foco é proteger vidas”, sublinha.
A realidade, contudo, mostra que o desafio ainda está longe de ser superado. Apesar da apreensão e legalização das mais de 40 motorizadas, continuam a circular mototaxistas ilegais em Inhambane. O vereador admite que este é um fenómeno difícil de controlar, precisamente porque muitos entram no mercado sem passar por qualquer processo formal.
Ainda assim, acredita que, com uma fiscalização contínua, associada à capacitação e ao diálogo com a comunidade, será possível reduzir os riscos e mudar gradualmente a forma como esta actividade é exercida.
O município aposta, assim, numa abordagem dupla: firmeza contra a ilegalidade e abertura para formar e integrar os mototaxistas no sistema formal. É uma tentativa de transformar uma prática que nasceu como resposta ao desemprego e à falta de alternativas de mobilidade em algo mais seguro e organizado.
“O importante é que se perceba que não estamos contra os mototaxistas. Pelo contrário, queremos ajudá-los a trabalhar de forma digna, legal e segura, porque no fim, quem mais ganha é a própria comunidade”, conclui Novais Abubacar.
O Presidente da República, Daniel Chapo, realiza amanhã uma visita de trabalho às províncias de Manica e Gaza. Na província de Manica, o Chefe do Estado participará na cerimónia de Outorga do Título de Doutor Honoris Causa a Marina Pachinuapa, veterana da Luta de Libertação Nacional.
A distinção será conferida pela Universidade Púnguè (UniPúnguè), em reconhecimento à sua contribuição para a independência do país, bem como pelo seu permanente empenho na promoção da cidadania, da justiça social e da preservação da memória histórica de Moçambique.
Seguindo a agenda, na província de Gaza, distrito de Massingir, o Presidente da República procederá ao lançamento do Projecto Karingani & Pomene, uma iniciativa do Grupo Hoteleiro AMAN, em parceria com o Karingani Game Reserve.
Este projecto representa um investimento turístico e conservacionista, combinando capital internacional com impacto comunitário e diversificação económica, marcando a entrada em Moçambique do reconhecido Grupo Hoteleiro AMAN.
A visita evidencia o compromisso do Governo em valorizar os heróis nacionais, fortalecer a memória histórica do país e promover investimentos estratégicos que contribuam para o crescimento económico inclusivo e sustentável.
As discussões e consultas públicas sobre o apoio financeiro e técnico do Grupo Banco Mundial a Moçambique, para os próximos cinco anos, ainda estão em curso e poderá ser formalmente anunciado quando houver desfecho do debate sobre o “próximo quadro de parceria com o país”, a decorrer, provavelmente, antes do fim do ano.
O Banco Mundial em Moçambique esclarece, relativamente à recente notícia sobre um pacote de investimento de 50 mil milhões de dólares para o país, que “o valor não corresponde a qualquer compromisso formal, nem foi objecto de discussão oficial por parte do Banco Mundial”.
“As discussões e consultas públicas sobre o apoio financeiro e técnico do Grupo Banco Mundial a Moçambique para os próximos cinco anos encontram-se actualmente em curso. Esse apoio será formalmente anunciado após a discussão sobre o próximo Quadro de Parceria com o País (Country Partnership Framework) pelo Conselho de Directores Executivos do Banco Mundial, o que se prevê que ocorra antes do final do ano”, lê-se num comunicado enviado ao “O País”.
A instituição diz que mantém o seu “compromisso firme com as prioridades de desenvolvimento de Moçambique e espera continuar a fortalecer a sua parceria com o Governo, através de uma estratégia abrangente e alinhada com as aspirações do país”.
A Assembleia da República acolhe, a partir desta quarta-feira, na sua sede, em Maputo, a XXV Reunião da Associação dos Secretários-Gerais dos Parlamentos dos Países de Língua Portuguesa (ASGPLP), um encontro que visa o reforço da cooperação técnico- parlamentar, com foco na modernização das instituições legislativas da comunidade lusófona.
O encontro de Maputo, a decorrer entre quarta e quinta-feira, realiza-se sob o lema “Por uma Administração Parlamentar Moderna e Dinâmica” e conta com a participação dos secretários-gerais dos parlamentos dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Falando nesta terça-feira, durante a conferência de imprensa que tinha como objectivo dar a conhecer os detalhes do evento, o secretário-geral da Assembleia da República, António Mahumane, disse que um dos pontos altos do encontro será a reflexão sobre o impacto da inteligência artificial na actividade parlamentar, com destaque para os desafios e oportunidades que esta tecnologia traz para os serviços de apoio aos deputados.
Avançou que, durante os trabalhos da XXV reunião da ASGPLP, será, igualmente, formalizada a passagem de testemunho da presidência da Associação ao Parlamento português, que assumirá a liderança até 2026.
A reunião fará o balanço dos memorandos de cooperação implementados ao longo do último ano, sublinhando a necessidade de identificar sucessos e desafios da agremiação, de modo a reforçar a eficácia do trabalho da ASGPLP.
“Este é o momento propício para os parlamentos dos nossos países trocarem experiências e consolidarem a cooperação técnica e institucional, em benefício da modernização das nossas administrações parlamentares”, frisou o secretário-geral da Assembleia da República.
Mahumane destacou que a ASGPLP, criada em 1998, tem vindo a desempenhar um papel importante na partilha de experiências e boas práticas, na modernização dos serviços parlamentares e no estreitamento das relações institucionais de cooperação entre os parlamentos da comunidade lusófona.
A Universidade Púnguè vai, nos próximos dias, outorgar o título de Doutor Honoris Causa ao seleccionador nacional, Chiquinho Conde, pelo seu contributo para o desenvolvimento do desporto nacional enquanto jogador e treinador de futebol.
A informação foi partilhada nesta terça-feira, pela reitora daquela universidade pública nacional sediada em Chimoio, Emília Nhalevilo, durante a sua participação no programa matinal “Café da Manhã” da Rádio Moçambique.
Este é um título acedémico honorífico que é atribuído a personalidades que se notabilizam em vários domínios, como cultura, artes, humanidades e ciência.
Com uma trajectória invejável no desporto moçambicano, particularmente futebol, Chiquinho Conde faz parte de uma geração de jogadores que qualificaram Moçambique para a sua primeira participação no Campeonato Africano de Futebol (CAN), em 1986.
No seu percurso, assinala-se também o facto de ter sido o primeiro a disputar três fases finais do CAN, feito que viria, mais uma vez, a ser alcançado pelo lendário capitão dos Mambas, Tico-Tico, e que, igualmente, ainda poderá ser alcançado pelos também capitães da selecção nacional, Dominguez e Mexer, que neste momento participaram em duas edições.
Chiquinho Conde conserva também o feito de ser o moçambicano com o maior número de jogos na Liga Portuguesa, onde disputou 310 partidas, mais 48 que Zainadine Jr., que soma 262. A este facto, junta-se também a façanha de ser o melhor marcador moçambicano na competição, com 87 golos.
Em Portugal, Chiquinho Conde atingiu os píncaros da sua carreira vestindo as cores do Sporting, clube onde actualmente milita o internacional moçambicano Geny Catamo e onde também jogou o ex-internacional Paíto.
RECORDES DE CONDE NA SELECÇÃO
No comando técnico da selecção nacional desde 2021, Chiquinho Conde destaca-se como um treinador de recordes. O antigo capitão dos Mambas cometeu a proeza de qualificar o combinado nacional para três competições consecutivas da Confederação Africana de Futebol (CAF), dois CAN e um CHAN, prova reservada para os jogadores que actuam nas provas domésticas.
Sob comando de Chiquinho Conde, Moçambique qualificou-se pela primeira vez para os quartos-de-final do CHAN, tendo na última edição do CAN conseguido dois empates diante dos colossos do futebol africano, no caso Gana e Egipto, ambos a duas bolas.
Actualmente, Moçambique luta para garantir a primeira presença no Campeonato do Mundo, ocupando a terceira posição do Grupo G, com 15 pontos, menos quatro que a líder Argélia, que soma 19. Para já, esta é a melhor classificação dos Mambas no histórico de apuramento para esta prova planetária.
Chiquinho Conde está directamente ligado a cinco CAN nos Mambas, dos três como jogador em 1986, 1996 e 1998, e como treinador em 2023 e 2025. Ou seja, Conde só não esteve associado ao CAN 2010, em Angola.
A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), através da Comissão Nacional de Engajamento e Promoção da Jovem Advocacia e da Comissão de Género, realiza, de 17 a 19 deste mês, a primeira Conferência Nacional da Jovem Advocacia e Mulher Advogada.
O evento terá lugar na cidade de Tete, sob o lema “Fortalecer a Jovem Advocacia, valorizando a igualdade de género, para uma Justiça mais acessível”.
A realização desta conferência tem como objectivo servir de plataforma para debater e reflectir sobre vários temas relacionados com o exercício da profissão de advogado, bem como os desafios enfrentados pela mulher advogada, e está inserida nas comemorações da Semana do Advogado, que se assinalou no dia 14 deste mês.
A abertura desta conferência será dirigida pelo governador de Tete, Domingos Viola, numa cerimónia que contará ainda com a presença do secretário de Estado desta província, Cristina Mafumo, do presidente do Conselho Municipal, César de Carvalho, do bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Carlos Martins, e da presidente do Conselho Provincial da OAM, Maria Carneiro.
O evento contará ainda com a presença do filósofo Severino Ngoenha e de Ivone Soares, que tomarão parte no evento.
Além destas intervenções, a primeira Conferência Nacional da Jovem Advocacia e Mulher Advogada vai debater vários outros temas incorporados nos 15 painéis.
Duas pessoas morreram e dez ficaram feridas na sequência de um acidente do tipo despiste e capotamento, ocorrido na manhã desta terça-feira, no distrito de Manhiça, Província de Maputo. O sinistro envolveu uma carrinha de caixa aberta pertencente à empresa Electricidade de Moçambique, onde se faziam transportar 12 funcionários. A polícia aponta excesso de velocidade como a principal causa do acidente.
É o registo de mais um acidente, provocado por excesso de velocidade, que ceifou vidas na Estrada Nacional Número 1, no distrito de Manhiça, Província de Maputo.
De acordo com a polícia a nível da província, trata-se de uma carrinha de caixa aberta pertencente à Electricidade de Moçambique, que transportava 12 funcionários da empresa, quando se despistou, capotou e matou no local duas pessoas.
“Os restantes feridos, estamos a falar de dez, e destes quatro tinham ferimentos ligeiros e tiveram alta, foram observados e tiveram alta. Três estavam com ferimentos graves, foram imediatamente transferidos ao hospital central, e três estiveram aqui, em observação no nosso hospital, porque apresentavam lesões moderadas capazes de serem geridas aqui ao nosso nível”, disse Flezer Tomadote, director provincial da Saúde em Manhiça.
O estado das três vítimas transferidas para o Hospital Central de Maputo era delicado.
“Eram graves com um prognóstico reservado. Trata-se de dois traumatismos craneoencefálicos graves. Um estava bastante instável, com um nível de consciência muito baixo”, explicou o gestor.
Com este acidente, somam-se 61 mortes registadas em menos de 30 dias no país.
Os malawianos preparam-se para votar em uma eleição presidencial decisiva nesta semana, enquanto o país enfrenta uma das piores crises económicas de sua história recente. Com inflação em alta, escassez de alimentos e combustíveis, e crescente desconfiança nas instituições públicas, a população demonstra cansaço e frustração diante da falta de progresso nos últimos anos.
O presidente Lazarus Chakwera, de 70 anos, busca um segundo mandato após vencer a polêmica reeleição anulada de 2019 e triunfar no pleito subsequente de 2020. Líder do Partido do Congresso do Malawi, Chakwera enfrentará novamente o ex-presidente Peter Mutharika, de 85 anos, que lidera o Partido Democrático Progressista (DPP) e tenta retornar ao poder.
A disputa se desenha acirrada: entre os 17 candidatos presidenciais, também está a ex-presidente Joyce Banda, embora analistas políticos apontem Chakwera e Mutharika como os principais favoritos para uma provável segunda volta.
MUDANÇA DE CLIMA POLÍTICO
Há cinco anos, a eleição de Chakwera foi celebrada como um marco para a democracia no país, impulsionada por protestos populares e uma rara anulação judicial de resultados eleitorais. No entanto, após um mandato marcado por desafios severos, o entusiasmo inicial deu lugar à frustração.
A economia do Malawi, um dos países mais pobres do mundo, foi profundamente afectada por desastres naturais recentes. O ciclone Freddy, em 2023, e uma seca prolongada causada pelo fenómeno El Niño em 2024 devastaram plantações, agravando a insegurança alimentar e elevando os preços dos alimentos e fertilizantes.
Além disso, a morte trágica do vice-presidente Saulos Chilima em um acidente aéreo no ano passado abalou ainda mais a estabilidade política. Chilima era visto como uma figura em ascensão, capaz de renovar a liderança nacional.
NOVAS REGRAS, NOVOS DESAFIOS
As eleições de 2025 também marcam a estreia do sistema eleitoral 50% +1, adotado após as irregularidades de 2019. Agora, o vencedor precisa obter a maioria absoluta dos votos válidos para ser declarado eleito, o que aumenta a possibilidade de um segundo turno.
Para além da presidência, os malawianos também escolherão novos representantes para o Parlamento e mais de 500 vereadores locais.
Em um cenário de dificuldades económicas, promessas eleitorais giram em torno de questões práticas: como conter a inflação, garantir o abastecimento de combustível e açúcar, e melhorar o acesso a insumos agrícolas.
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