O Milan juntou-se ao lote de clubes que desistiram da Superliga Europeia. A Juventus, por seu lado, reconhece que o projecto, tal como foi concebido, tem possibilidades reduzidas de ser colocado em prática.
Depois de Manchester City, Manchester United, Arsenal, Chelsea, Tottenham, Liverpool, Atlético de Madrid e Inter abandonarem, ontem, a recém-criada Superliga Europeia, foi a vez do AC Milan tomar o seu posicionamento.
O emblema de Milão, em Itália, oficializou a decisão, justificando que respeita a opinião daqueles que amam o futebol e que não concordam com a competição.
“Aceitamos o convite para participar do projecto da Superliga com a intenção genuína de criar a melhor competição europeia possível para os adeptos de todo o mundo, para proteger os interesses do clube e dos nossos adeptos. A mudança não é fácil, mas a evolução é necessária para progredir e a estrutura do futebol europeu também evoluiu e mudou ao longo dos anos. No entanto, a voz e as preocupações dos adeptos espalhados pelo mundo sobre o projecto da Superliga têm sido fortes e claras e o nosso clube deve permanecer sensível e atento à opinião daqueles que amam este desporto maravilhoso. Entretanto, continuaremos a trabalhar activamente para definir um modelo sustentável para o mundo do futebol”, lê-se no documento do clube italiano.
Já a Juventus diz estar “ciente do pedido e das intenções manifestadas por alguns clubes de se retirarem deste projecto, embora os procedimentos necessários previstos no acordo entre os clubes não tenham sido concluídos”.
“Nesse contexto, a Juventus, embora continue convicta da validade dos pressupostos desportivos, comerciais e legais do projecto, considera que, actualmente, apresenta possibilidades reduzidas de ser concretizado nos moldes em que foi, inicialmente, concebido”, escreve no seu comunicado o emblema de Turim.
Na sequência da saída confirmada de oito, dos 12 emblemas fundadores, o Barcelona clarificou a posição do clube relativamente ao projecto da Superliga Europeia.
“Neste momento, estamos na Superliga, todos os cenários estão abertos. Agora, virão dias de conversações e, seguramente, negociações de todas as partes”, explicaram à agência noticiosa espanhola EFE fontes do clube catalão.
Na terça-feira, a estação televisiva espanhola TV3 deu conta da inclusão, por parte de Joan Laporta, presidente dos blaugrana, de uma cláusula que deixa a presença do clube na Superliga dependente da aprovação na assembleia de sócios compromissórios.
Dos 12 clubes que, no domingo, anunciaram a criação da Superliga, apenas se mantêm o Barcelona, a Juventus e o Real Madrid.