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Pugilistas não garantem medalhas nos Jogos da Commonwealth

Foto: LanceMZ

Os pugilistas moçambicanos dizem que a preparação que tiveram para os Jogos da Commonwealth não foi das melhores, pelo que não garantem melhores posições. Dizem, ainda, que será difícil discutir medalhas nos jogos que terão lugar em Birmingham.

Os atletas moçambicanos que vão disputar os Jogos da Commonwealth 2023 já se encontram em Birmingham, a ambientarem-se e a conhecerem o palco das competições. Foram recebidos em festa pela campeã olímpica e da Commonwealth, Tessa Sanderson, esta segunda-feira, que deixou uma mensagem de encorajamento e esperança aos atletas moçambicanos.

“Estou entusiasmada pelo facto de os Jogos da Commonwealth serem cá, em Birmingham, porque amo esta cidade e porque vocês poderão competir e encontrar várias coisas aqui, como a cultura, o entretenimento, para além de várias razões para conhecerem a cultura da cidade. Por isso, saúdo-vos e dou-vos as boas-vindas, porque eu sou a Mayor da vossa Vila dos jogos”, disse Tessa Sanderson na recepção aos moçambicanos.

Mas, mais do que a chegada da delegação toda, o boxe tem sido a modalidade mais acompanhada, não fossem os resultados alcançados, em Junho passado, por Rady Gramane e Alcinda Panguana, no Campeonato Mundial da Turquia, onde lograram as medalhas de prata e bronze, respectivamente.

Para esta sua primeira participação nos Jogos da Commonwealth, os pugilistas não se embandeiram em arco e colocam os pés bem assentes no chão. Há uma razão para isso: a fraca preparação que tiveram antes desta competição.

É que os atletas de boxe, acompanhados pelo respectivo treinador, tinham programado um estágio de 30 dias em Wednesbury, na Inglaterra, mas tudo falhou.

“Fizemos um mini-estágio razoável, porque não foi aquilo que eu gostava que fosse”, começou por dizer Lucas Sinoia, seleccionador nacional, a lamentar o facto de os pugilistas não terem cumprido o tempo inicialmente programado para a preparação, que era de 30 dias. Ademais, nesse espaço de tempo estavam agendados três combates oficiais, mas não aconteceram, o que deixa o seleccionador desgastado.

“Apenas treinamos no ginásio que não é o que estava reservado para nós e tivemos que encontrar um ginásio alternativo”, justificou Sinoia, acrescentando que o programa não foi cumprido porque “desmarcámos com as pessoas que tínhamos agendado para trabalharem connosco”.

Ainda assim, Lucas sinoia diz que “foi uma preparação razoável e espero que possamos fazer o melhor”.

 

PUGILISTAS DIZEM QUE NÃO HÁ MUITA EXPECTATIVA

Com uma preparação fora das projecções iniciais, os pugilistas não têm muitas expectativas em relação às medalhas, mas prometem representar condignamente o país.

Rady Gramane, que adquiriu medalha de bronze no Mundial da Turquia, lamenta a fraca preparação. “Nós tínhamos que ter um estágio de 30 dias e com competições internas, para fazer face a este campeonato, mas não foi isso que aconteceu. Tivemos apenas uma semana de treinos, por isso digo que implementamos o plano C e não o plano A ou B”, lamentou Gramane.

Apesar destas dificuldades, a pugilista diz que o estado de espírito é normal, embora não confiante, porque a preparação não foi a esperada. Mas promete: “darei o meu melhor!”

Aliás, Gramane não embandeira em arco e pede aos moçambicanos que “não exijam muito de mim, que só vou dar o meu melhor a todo o custo”.

Quem também promete dar o melhor de si é o pugilista Tiago Muxanga, que diz que a avaliação será vista apenas no ringue, prometendo dar o seu máximo.

“A expectativa é de dar o meu máximo, como sempre, e colocar Deus em primeiro lugar. Ao povo moçambicano prometo dar o meu máximo”, disse Tiago Muxanga.

Os Jogos da Commonwealth, Birmingham 2022, iniciam-se esta quinta-feira e decorrem até 8 de Agosto. Moçambique vai participar no Boxe, Natação, Judo, Atletismo e Triatlo.

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