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Nyusi quer mais docentes com grau de doutoramento

Foto: GPR

O Presidente da República, Filipe Nyusi, quer mais professores doutores a darem aulas nas universidades do país, diferente do que acontece actualmente.

O Chefe de Estado mostrou a sua pretensão hoje, durante a cerimónia de tomada de posse do novo vice-reitor da Universidade Púnguè, de nome Pedro Guiliche.

Na ocasião, Nyusi mencionou que apenas 14% do quadro docente daquela instituição de ensino superior tem o grau de doutoramento, ou seja, apenas 37 docentes são professores doutores e, destes, cinco é que são mulheres.

“Uma universidade que pretende ser uma instituição de qualidade, excelência no ensino e aprendizagem, pesquisa e extensão a nível nacional, regional e internacional deve ter como prioridade a elevação da qualidade do capital humano”, disse Nyusi, para depois instar “a aposta na formação de docentes em níveis de doutoramento com vista a garantir o incremento da qualidade no ensino, inovação, investigação e extensão”.

Outro desafio dado a Guiliche é alargar o acesso ao ensino superior, principalmente para as mulheres, através da criação de mecanismos para disponibilizar mais vagas, e a abertura de novos cursos, de modo a que se alcance a meta de 50% de homens e 50% de mulheres nas universidades, que, neste momento, é de 53% para os homens e 47% para as mulheres.

Nyusi apelou ainda ao novo vice-reitor da UniPúnguè para incluir a biodiversidade, mineração e agricultura nas matérias que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem e a responder às preocupações das comunidades e do Estado.

“No âmbito da produção científica, a UniPúnguè tem de priorizar a tomada de iniciativas que visam resolver problemas concretos que afectam a população, como a mitigação dos efeitos das calamidades que, de forma cíclica, têm vindo a destruir bens e semear luto nas nossas comunidades”, instou.

O Presidente da República quer que todos os cursos da UniPúnguè estejam acreditados, que a instituição seja auto-sustentável e de referência internacional de produção e transferência de conhecimento.

O vice-reitor acolheu os desafios, tendo prometido que, para além dos colocados, um dos focos serão os cursos do saber-fazer.

“É importante olhar para as engenharias e matemática porque é daí que mais rapidamente será possível formar pessoas com o saber-fazer, sem desprimor da grande relevância das ciências sociais”, referiu Guiliche.

Ainda esta quarta-feira, o Presidente da República recebeu, no seu gabinete, a alta-comissária do Reino Unido, Helen Lewis, com a qual Filipe Nyusi fez o balanço da sua participação na reunião da Commonwealth e na cerimónia de tomada de posse do rei Carlos III.

O encontro serviu igualmente para estreitar ainda mais a relação entre Moçambique e o Reino Unido.

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