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Nyusi intercede por mais apoios para países africanos subdesenvolvidos 

Em um encontro virtual, organizado pelo Banco Mundial, através da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), e pela República da Costa do Marfim, o Presidente da República, Filipe Nyusi, destacou a necessidade de se prover mais ajuda internacional aos países africanos que se encontram em dificuldades.

Falando durante a Reunião Virtual Sobre Mecanismos de Financiamento das Economias Africanas, que teve lugar esta quinta-feira, Nyusi reconheceu a importância do apoio do Banco Mundial, um dos parceiros multilaterais de Moçambique e de outras economias africanas, pelo notável apoio aquando da eclosão da pandemia da COVID-19.

“Aproveito a ocasião para agradecer o apoio que o Banco Mundial deu ao meu país, no âmbito da COVID-19 e isso permitiu que a economia do país não colapsasse”, referiu.

Nyusi reconheceu, ainda, o papel da IDA na recuperação das economias africanas, através de financiamentos nas áreas humana, tecnológica e agrícola.

“A Declaração de Paris aponta, de forma clara, para a reconstituição do fundo IDA – 20, para reforçar os orçamentos dos países beneficiários, no financiamento de infra-estruturas económicas e sociais, fundamentais para o crescimento das respectivas economias, centradas no homem, com intervenção na saúde, num ambiente de paz e com capacidade de reinvenção e resiliência às mudanças climáticas”, declarou o Presidente de Moçambique.

O Chefe de Estado disse que, com o financiamento, Moçambique estava num bom caminho rumo à recuperação da sua economia, entretanto foi travado por eventos sequenciados, como os ciclones Idai e Keneth, os eventos bárbaros de terrorismo em Cabo Delgado e a desestabilização no centro do país.

“Antes da eclosão da economia, implementámos um programa de consolidação orçamental bem-sucedido, que nos permitiu colocar a dívida pública numa posição decrescente, entretanto a crise que vivemos causou uma contração da economia que provocou perdas em volumes de negócios em 90 por cento das nossas empresas, em 2020”, disse.

Apesar dos dados negativos, o Chefe do Estado referiu que “a nossa expectativa é de recuperar gradualmente a economia do país, neste ano 2021. Estamos a implementar programas como o Sustenta, no âmbito da agricultura, Iluminar Moçambique, para provisão de energia, Água Para Vida, e muitos outros projectos”.

O encontro serviu, também, como uma oportunidade para os países discutirem sobre a cooperação económica, bem como a necessidade de um desenvolvimento baseado na sustentabilidade financeira dos países em desenvolvimento.

Para além do Chefe do Estado moçambicano, participaram neste encontro os Presidentes da Costa do Marfim, Gana, Quénia, Ruanda, Togo, Benin, Madagáscar, Senegal, entre outros Chefes de Estado e de Governo.

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