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Nova tarifa de “Chapa” já está em vigor em Maputo

Foto: O País

O transporte de passageiros está três meticais mais caro, desde hoje, nas cidades de Maputo, Matola, vilas de Boane e Marracuene. Os passageiros esperam que com o aumento, não haja encurtamento de rotas e preferência aos viajantes que descem no meio do percurso. E os operadores dizem que o aumento é insignificante.

Após meses de avanços e retrocessos, as novas tarifas de transporte de passageiros na região metropolitana de Maputo entraram em vigor esta segunda-feira.

Descontentamento por parte dos passageiros foi o que caracterizou alguns terminais rodoviários, logo às primeiras horas do dia.

“Nós temos filhos que estudam muito longe. Onde iremos encontrar 15 meticais para eles, com esta chuva? ”, queixou-se Rita Mutimba, passageira.

Enquanto alguns apenas reclamavam, houve quem, mesmo sabendo do agravamento e por ser difícil aceitar, saiu de casa com apenas 12 meticais.

Os passageiros entrevistados pelo “O País” afirmaram que o aumento da tarifa é sufocante e já começam a calcular os prejuízos que terão nos próximos dias.

“É lamentável, principalmente para nós que dependemos de chapas todos os dias. Por exemplo, do Patrice-Lumumba onde venho para Anajo Voador, tendo em conta as ligações hoje tive que pagar 40 meticais, significa que ao fim do dia terei gasto 80”, lamentou Luciana Macuacua.

Se por um lado os passageiros afirmam que o agravamento da tarifa de transporte é sufocante aos seus bolsos, por outro os transportadores dizem que é insignificante.

“Não vai ajudar muito e esperamos que o Governo e a FEMATRO dialoguem mais vezes de modo a que se encontre uma tarifa justa”, disse Alexandre Matias.

Além disso, João Chirindza acrescentou que há mais que se deve ser feito para que o seu negócio volte a ser sustentável.

“Os combustíveis continuam caros, deviam olhar para esta situação. As vias de acesso estão na sua maioria degradadas e isso faz com que tenhamos danos nas nossas viaturas”, disse o transportador.

Com o transporte mais caro, os passageiros colocam exigências, dentre as quais a redução do encurtamento de rotas e melhorias das condições técnicas das viaturas .

As tarifas de transporte foram agravadas em 3 meticais, ou seja, em rotas onde o passageiro pagava 12 maticais, passa a pagar 15. E onde se cobrava 15, o passageiro já paga 18 meticais.

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