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Nyusi diz que ponte de Kazungula vem remover barreiras físicas na SADC

O Presidente da República e Presidente em Exercício da SADC, Filipe Nyusi, disse, hoje, em Kazungula, República da Zâmbia, que a ponte de Kazungula sobre o Rio Zambeze, ligando a Zâmbia e o Botswana, vai remover as barreiras físicas da SADC e consolidar a conectividade regional.

Segundo Filipe Nyusi, foi nesta visão que a SADC embarcou na construção de infra-estruturas económicas e tecnológicas nacionais que tenham impacto na integração regional e que facilitam a interconexão entre os países-membros, uma visão patente no plano-director de integração regional.

A infra-estrutura, erguida sobre o Zambeze, dispõe de 923 metros e juntou, para a sua inauguração, vários Chefe de Estado e de Governo da SADC.

Durante a sua intervenção, Filipe Nyusi disse que os países, que usam o corredor norte-sul da região, como a República Democrática de Congo, a Namíbia, o Zimbábwe, Botswana, Zâmbia, entre outros, irão beneficiar do fluxo provocado pela ponte, tendo em conta que antes a travessia era feita por duas balsas.

Nyusi considera, ainda, que, para além do valor económico e social, a ponte trará ganhos políticos e de segurança com a mitigação de acções de contrabando e tráfico de drogas na região.

“Temos que nos manter vigilantes contra os que, aproveitando-se da facilidade de circulação, promovem o crime organizado, como a imigração ilegal, contrabando, tráfico de seres humanos, terrorismo e outros”, disse o Chefe do Estado.

O Presidente disse, igualmente, que o empreendimento não só materializa o sonho de integração regional, inserida na visão do desenvolvimento de infra-estruturas, bem como viabiliza o movimento de pessoas e bens, incrementando as trocas comercias.

“A partir desta ponte, podemos chegar a qualquer porto da SADC, como Beira, Nacala, Walvis Bay, Durban, entre outros, facto que concretiza o sonho de conectividade da África Austral em particular e da África no geral”.

Por sua vez, o Presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, afiançou que a existência de um posto de fronteira único na ponte vai reduzir as questões burocráticas de travessia de um país para o outro, garantindo o reforço do mercado único regional no âmbito da SADC.

Por seu turno, o Chefe de Estado do Botswana, Mokgweetsi Masisi, afirmou que, num futuro breve, a ponte vai permitir a ligação com o Zimbábwe, facilitando o movimento dos países da faixa ocidental da SADC para toda a zona marítima do Índico, cruzando o eixo norte-sul, facilidade que irá reforçar a comunicação entre os países da África Austral.

Esses pronunciamentos foram feitos hoje, durante a cerimónia de inauguração da ponte de Kazungula, uma infraestrutura avaliada em 230 milhões de dólares norte-americanos, financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento, Governos da Zâmbia e do Botswana e pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA).

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