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Nyusi admite que terrorismo não termina e diz que a vida não pára

Foto: O País

O Presidente da República, Filipe Nyusi,  diz que o terrorismo não termina e que a vida não pode parar. Filipe Nyusi diz ainda que não entende por que alguns projectos ainda não retornaram a Cabo Delgado. Nyusi, que falava durante a Reunião de Negócios da Agenda Africana da Comunidade dos Presidentes dos Conselhos da Administração e Directores Executivos, disse ter informações de que algumas empresas estão a voltar à província de Cabo Delgado.

“De forma tímida, a população está lá. A população e as empresas têm que começar a pensar nisso. Estive a falar com o Presidente Paul Kagame a dizer que o trabalho está  a ser feito e por que as empresas não voltam. Se se recordarem bem, na altura em que saíram, por exemplo, era o momento em que ainda havia actos de terrorismo noutras zonas. Mas nunca se saiu e as pessoas estiveram a trabalhar. E a segurança que está agora é relativamente melhor do que quando havia e trabalhavam antes do ataque final. Temos que começar a ter em mente que actos como esses não terminam. Não estão a terminar nos EUA, incluindo na Inglaterra, França, Itália, em todo o mundo. Mas a vida não pára”, disse o Chefe de Estado.

Nyusi entende ainda que “se calhar devolver o movimento produtivo ou  empresarial que é um sinal de pressionar a própria segurança de Estado, relativamente à segurança do  país e relativamente aos projectos industriais em curso. Mas fiquem atentos, acompanhem onde estão. Eu tenho informações de algumas empresas que estão a voltar. E os que estão a voltar cedo estão a ter alguma vantagem porque o mercado, sobretudo, aquele da área de comércio”.

Sobre uma questão colocada sobre o posicionamento da TotalEnergies, que suspendeu o projecto de gás natural em Cabo Delgado, em Março de 2021, o Presidente da República não teve dúvidas na sua explicação. Sem hesitar, Nyusi retorquiu dando exemplo das conversas que têm mantido com o CEO da petrolífera francesa.  “Perguntou-se se em caso de TotalEnergies vai avançar, qual é o impacto social. Evidentemente que existe porque já tinha começado. Nós nunca chegámos a pensar que a Total não volta?. Da conversa que tenho tido com o CEO, nunca aventou essa possibilidade de não voltar. Quando muito pressiona para que o Estado faça a sua parte que é devolver a segurança.  A Total, acredito que vocês também irão fazer o mesmo, têm estado a dar a sua contribuição para o mais rápido possível a situação estabilizar, apoiando a juventude através de formação, preparando-os para os próximos momentos. Então, não temos essa pergunta na cabeça. O gás está lá. Há quem explora e quem pode explorar também. Nós não pensamos de forma negativa”.

 

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