O Presidente da República, Daniel Chapo, desafiou hoje a nova direcção da Academia de Ciências Policiais (ACIPOL) e o novo vice-reitor da Universidade Joaquim Chissano (UJC), a reforçarem a excelência académica, a inclusão institucional e a capacidade de resposta aos actuais desafios da segurança pública e da diplomacia moçambicana.
Falando no empossamento de Rodrigues Cumbane, como reitor da ACIPOL, de Ernesto Guambe, como vice-reitor da mesma instituição e a Carlos Shenga como vice-reitor administrativo da UJC, o Chefe do Estado destacou das duas instituições.
Sobre a ACIPOL, Daniel Chapo afirmou que a instituição, única de formação policial superior em Moçambique, continua a ser um motivo de orgulho nacional pelo seu prestígio e pela formação de oficiais da Polícia e de quadros civis que contribuem para o desenvolvimento do país.
O estadista alertou, porém, para a necessidade de fortalecer o estudo de fenómenos que ameaçam o Estado e a estabilidade social, apelando à investigação aprofundada sobre terrorismo, crime organizado, branqueamento de capitais, tráfico de drogas, tráfico de pessoas e órgãos humanos, raptos e outras actividades ilícitas que, nas suas palavras, “prejudicam o Estado moçambicano e retraem investimentos, quer nacionais, quer estrangeiros e corroem o tecido social”.
O Chefe do Estado reforçou que a nova liderança da ACIPOL deve pautar-se pela inclusão plena, integrando competências policiais e civis na gestão e no ensino. Sublinhou que “a Academia existe para servir Moçambique”, defendendo que a segurança pública contemporânea exige diversidade de saberes, interdisciplinaridade e rigor científico.
O governante apresentou um conjunto de desafios prioritários para a nova direcção, que incluem a revisão curricular orientada para as Tecnologias de Informação e Comunicação, com destaque para a Inteligência Artificial; a introdução de novos cursos sobre segurança interna; a elaboração do novo Plano Estratégico; a actualização dos instrumentos normativos; e o reforço da investigação científica e da articulação entre teoria e prática.
Além disso, enfatizou a necessidade de fortalecer a cooperação da ACIPOL com instituições congéneres nacionais e internacionais, bem como de harmonizar os seus programas com os da Escola de Sargentos de Polícia “Tenente General Oswaldo Assahel Tazama”, consolidando a espinha dorsal da formação policial em Moçambique.
Em relação à UJC, Chapo desafiou o novo vice-reitor a consolidar a instituição como referência nacional em diplomacia, ciência e governação global, lembrando que a instituição homenageou, nesta quinta-feira, o antigo estadista Joaquim Alberto Chissano como “figura central na consolidação das bases institucionais e dos princípios que norteiam a diplomacia moçambicana”.
Apelou ainda à promoção de uma gestão participativa, afirmando que “a inclusão não é apenas um valor moral, é uma condição para a inovação e para a qualidade académica”.

