A primeira potência petrolífera do continente africano e o país com a maior população de África, com 190 milhões de habitantes, Nigéria, elege hoje o seu presidente. Os candidatos à presidência são Muhammadu Buhari e o líder da oposição, Atiku Abubakar.
A campanha para as presidenciais e legislativas na Nigéria terminou esta quarta-feira, os dois candidatos percorreram os 36 estados do país.
Os resultados deverão ser anunciados nas 48 horas seguintes ao encerramento das urnas, mas o processo de contagem dos votos é complexo e pode demorar mais tempo.
O vencedor terá que obter, para além da maioria dos votos sufragados, pelo menos 25% dos votos em dois terços dos 36 estados, e ainda do território da capital federal, Abuja. Se esta conjugação de resultados não se verificar, haverá uma segunda volta das presidenciais na semana seguinte, informa o Notícias ao Minuto.
As eleições de hoje são um desafio para este país, que em 2015 se mostrou como exemplo democrático em África.
Um dos fatores determinantes nas escolhas políticas na Nigéria, é o fator étnico. Porém os dois candidatos são houçás e muçulmanos, por isso a decisão não será tomada por força da religião ou etnia.
Apesar do número recorde de eleitores inscritos, 84 milhões, a afluência às urnas tem vindo a ser ameaçada pelo surto de violência associada ao extremismo islâmico protagonizado pelo grupo rebelde Boko Haram.
Buhari foi eleito em 2015 com a promessa de destruir os rebeldes do Boko Haram durante o mandato que agora chega ao fim. O facto, no entanto, é que o grupo terrorista se mantém como uma muito forte ameaça, e os seus ataques provocaram já 1,9 milhões de deslocados na Nigéria, segundo a Amnistia Internacional (AI).