Do Mozefo Young Leaders, Carlos Mussanhane, administrador de Mabote, Inhambane, aproveitou para dar o “puxão de orelha” aos jovens. Para este dirigente, não basta ser jovem para exigir direitos
Carlos Mussanhane foi um dos painelistas convidados ao tema: “Jovens excluídos por assimetrias geográficas”, que teve no jornalista Boaventura Mucipo o moderador.
“Não basta o benefício etário para exigir direitos. O jovem tem de combinar o benefício etário à capacidade e competência”.
Mussanhane defende que é preciso consciecializar as pessoas que não são beneficiárias de apoios, mas são todas participantes activos no processo de criação da renda.
“O maior investimento que temos neste momento e a construção de um pensamento comum. Nós queremos coisas que produzam renda. Estamos neste momento a dar cesta básica a certas pessoas, o que não nos agrada”, avança, acrescentando que “precisamos produzir internamente para reduzir as importações e desenvolver Mabote”.
Por sua vez, a administradora de Namaacha, Suzete Dança, defende que não há desenvolvimento possível sem o saber fazer.
“Para que haja inserção, há pressupostos que têm de ser levados em conta, como formação técnico-profissional, o que temos estado a privilegiar para que o jovem adquira, onde esteja, o saber fazer”.
Diz mais, que a descentralização do poder é uma das formas de redução de assimetrias.
“Ao estruturar-se o Governo a nível central com serviços direccionados, como Secretaria do Estado da Juventude de Emprego, já se tem um objectivo por alcançar. A estrutura criada vai descer até ao distrito, possibilitando a redução de assimetrias”.
Termina assegurando que a população moçambicana é maioritariamente jovem, por isso não tem como fazer planos sem olhar para esta faixa etária.