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China doa seis biliões MT para desenvolvimento em Moçambique

O governo da China vai doar 100 milhões de dólares, o equivalente a seis biliões de meticais, para financiar a implementação de quatro projectos nas áreas de infra-estruturas, educação e agricultura. A informação foi, esta segunda-feira, revelada pela delegação chinesa no fim da sexta sessão da Comissão Conjunta para a Cooperação Económica, Técnica e Comercial entre Moçambique China. Na reunião, foram assinados quatro acordos para materialização dos projectos e a acta das minutas acordadas pelas comissões presentes no encontro.

De acordo com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Belmiro Malate, os acordos têm efeito imediato. O financiamento será implementado nos projectos da construção do Aeroporto de Xai-Xai, construção do Instituto Técnico profissional de Gorongosa, na formação de técnicos do sector da agricultura, e na assistência ao Estádio Nacional do Zimpeto.

No ano passado, foi assinado um memorando entre os dois países para a construção do Aeroporto de Xai-Xai, que foi reforçado com o acordo, ora assinado. A construção do aeroporto está orçada em 60 milhões de dólares, mas de acordo com Malate, a China prevê um aumento no orçamento, anteriormente estipulado. O financiamento chinês vai contemplar a construção de uma pista de aterragem, o terminal de passageiros e uma estrada de acesso e a programação dos procedimentos de voo.

O investimento no sector da agricultura será de 3.15 milhões de dólares e consistirá na formação de especialistas agrários superiores. O governo chinês irá enviar especialistas agrários das áreas de agronomia, agro-processamento, pecuária, clínica veterinária. Laboratório de veterinária para executar as tarefas de investigação, demonstração técnica e formação num período de três anos. Haverá espaço também para a capacitação de técnicos moçambicanos na China. O acordo prevê ainda o fornecimento de equipamentos agrícolas para Moçambique.

O acordo para a assistência técnica ao Estádio Nacional do Zimpeto está orçado em 1.8 milhões de dólares e consistirá no envio de técnicos chineses para formarem de técnicos nacionais e fornecimento de equipamentos e peças sobressalentes, durante três anos.

O orçamento para construção do Instituto Técnico Profissional de Gorongosa não foi revelado à imprensa, mas a China compromete-se a financiar a construção dos edifícios de ensino, oficinas de treinamento, refeitório, dormitórios para estudantes e casas para professores. O instituto terá a capacidade para formar 740 estudantes anualmente e fornecerá cursos de agro-pecuária, agro-processamento, produção de vegetais e extensão agrícola.

Ao intervir na sexta sessão, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Pacheco, referiu que a cooperação entre a China e Moçambique data deste a Luta de Libertação Nacional e que este país asiático tem-se mostrado um parceiro que promove o desenvolvimento nacional. “Valorizamos a contribuição da China no desenvolvimento dos sectores vitais para a economia de Moçambique para citar alguns, agricultura, infra-estruturas, energia, cultura e turismo entre outras áreas do desenvolvimento socioeconómico do nosso país, que têm permitido a superação de muitos desafios que temos enfrentado nesta caminhada rumo ao desenvolvimento sustentável”, afirmou titular da pasta dos negócios estrangeiros e cooperação.

O vice-ministro do Comércio da China, Quian Keming, considera que as relações de cooperação entre os dois países não se limitam na área económica, mas sim numa relação de amizade. Keming destacou que as relações entre as nações primam sempre pela igualdade. Ainda na tarde de ontem, Quian Keming manteve um encontro com o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário e o ministro das Economia e Finanças, Adriano Maleiane.

Na sexta sessão, os dois países fizeram uma restrospectiva sobre os avanços obtidos desde a realização da quinta sessão da Comissão Conjunta decorrida em Junho de 2015 no que diz respeito à cooperação a nível de comércio, infra-estruturas, investimentos e ajuda ao desenvolvimento. As partes manifestaram satisfação pelos avanços registados.

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