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Nagi transporta passageiros de Inchope a Maputo de pé

Um grupo de passageiros denunciou superlotação de um autorcarro da transportada Nagi Investimentos, durante uma viagem de Quelimane para Maputo.

Um vídeo amador gravado  por um dos passageiros, durante a viagem Quelimane Maputo, um  trajecto de cerca de mil quilómetros, viralizou nas redes sociais nos últimos dias. O referido vídeo mostra alguns viajantes transportados de pé e outros sentados no corredor do autocarro, depois de terem pago 2.400 meticais pela viagem.

O sofrimento dos passageiros começou quando o autocarro no qual seguiam viagem, partindo de Quelimane com destino à capital do país, desviou a rota quando chegaram ao cruzamento de Inchope, na província de Manica, tendo sido inexplicavelmente transportados até a cidade da Beira, onde deviam supostamente embarcar num outro autocarro que ia da província de Tete, com destino à cidade de Maputo.

Entretanto, este último autocarro avariou e, mais uma vez, os passageiros tiveram que embarcar num outro que saía de Nampula para Maputo, já lotado. Esta situação deixou os passageiros indignados.

“Desviaram a rota, quando chegamos lá, disseram que temos que esperar para dia seguinte, que é hoje que íamos apanhar o autocarro certo para Maputo. Mas quando chegamos a Inchope não houve uma boa organização, chegamos e encontramos o machimobmobo que estava à nossa espera já cheio porque venderam bilhetes a outras pessoas sabendo que noós vínhamos da Beira para Inchope. O resultado final é isto que estão a ver, estamos a pedir a quem é de direito para resolver este assunto. O assunto vai ao Ministério dos Transportes e Comunicações, estamos a pedir socorro porque assim não é normal é desumano”.

Um grito de socorro dos  viajantes  que chegou a quem é de direito, no caso a Direcção Nacional dos Transportes e Segurança  no Ministério dos transportes e Comunicações que diz estar a trabalhar o assunto e promete tomar  medidas segundo avançou Cláudio Zunguze.

“Neste momento temos este reporte, temos esta denúncia. Há um trabalho que está a correr. Há informações que dão conta que estavam 15 passageiros no corredor, temos outra informação que diz que estavam nove, então este trabalho em curso é mesmo para ter a certeza de quantos passageiros foram sujeitos à essa situação para, por via disso, fazer-se a devida compensação que seria devolver o valor pago pela aquisição do bilhete”, explicou Cláudio Zunguze.

Aliás, Zunguze esclarece que, “numa situação de sobrelotação, já tinham feito a receita a arrecadar pelo dia então não há necessidade de termos passageiros em pé. Com esta colaboração que estamos a ter com a empresa poderemos ver, portanto, os direitos dos passageiros observados”.

O  “O País” contactou a transportadora em causa, mas sem sucesso, alegadamente porque responsável não se encontrava no escritório.

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