O País – A verdade como notícia

Saúde reforça medidas de resposta à eventual eclosão do vírus Marburg

As autoridades nacionais da saúde dizem-se preocupadas com o vírus Marburg noutros países. Por isso, o Instituto Nacional de Saúde está a reforçar as medidas de controlo e prevenção para evitar a eclosão da doença, que já afecta a vizinha Tanzânia, que faz fronteira com Niassa e Cabo Delgado.

Marburg é o nome da febre hemorrágica causada por um vírus altamente infeccioso da mesma família do vírus ébola. Febre alta, arrepios e dor de cabeça forte são os sintomas comummente destacados pelas autoridades de saúde.

O surto da doença não é recente. Os primeiros casos foram detectados por volta de 1967.

Em Fevereiro deste ano, a Guiné Equatorial, um país africano, fez soar o alarme. Esta terça- feira, o Instituto Nacional de Saúde abriu as portas à nossa reportagem para falar da doença e de medidas adicionais.

Segundo Sadia Ali Pereira, médica investigadora daquele instituto, Moçambique ainda não tem surto da doença.

Entretanto, na vizinha Tanzânia, onde o vírus infectou 11 pessoas e matou outras cinco, o primeiro caso foi notificado em Março de 2023.

O Instituto Nacional de Saúde tem um laboratório de referência e a investigadora Sadia Pereira garante que o país tem capacidade de resposta a um eventual surto de Marburg.

“Estão a decorrer trabalhos em diversos sectores, desde os pontos de entrada, fronteiras, aumento da capacidade de diagnóstico, manuseio clínico dos suspeitos e treinos de actualização na capacidade do diagnóstico laboratorial”, avançou Sadia Pereira.

Tal como o ébola, Marburg provoca hemorragias repentinas e pode causar a morte em poucos dias. Tem um período de incubação que varia de dois a 21 dias.

O nome Marburg surge do facto de o vírus ter sido detectado na cidade alemã de Marburg. Ainda não existe vacina nem tratamento específico para a doença.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos