A empresa que faz a logística do carvão da Vale diz que continua a operar mesmo com o anúncio da saída do negócio de carvão mineral feito recentemente. Por outro lado, a vice-ministra das Economia e Finanças não quis dar detalhes do trabalho que a Vale e o Governo estão a fazer.
A Vale Moçambique explora o carvão mineral em Tete há precisamente 10 anos. Inicialmente, nas minas de Moatize, a Vale tinha 75% das acções e 15% eram da empresa japonesa Mitsui que recentemente vendeu as suas participações para a Vale que passou a deter 100% das minas de carvão mineral. Para qualquer negócio desta natureza, o Estado moçambicano deve receber as chamadas “mais-valias” e sobre isso, a vice-ministra da Economia e Finanças, que se encontra em Nampula, não quis entrar em detalhes.
Carla Louveira esteve esta sexta-feira em Nacala-à-Velha, no terminal de carvão, e reuniu-se com a empresa que faz a logística de carvão das minas de Moatize, até à exportação.
Trata-se da Nacala Logistics que desde 2015 opera a linha férrea de 912 km, que sai das minas de Moatize até ao Terminal de Carvão de Nacala-à-Velha, em Nampula. O chamado Corredor de Nacala era detido 50% pela Vale e 50% pela Mitsui, mas com as últimas operações, a Vele ficou também com 100% das acções.
O PCA da Nacala Logistics reconhece que 80% das receitas da empresa provêm da logística de carvão, mas garante que o Corredor de Nacala vai continuar a operar, mesmo com o anúncio recente da Vale de sair do negócio de carvão mineral em Moçambique.
E a vice-ministra que se reuniu com a direcção máxima da Nacala Logistics esta sexta-feira tentou dar um sentido optimista do Governo, só que fica claro que a Vale comprou todas as acções da Mitsui nas minas e no Corredor de Nacala para depois vender a outros interessados em pagar pelo pacote completo.