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Munícipes abrigam mais de 20 pessoas vítimas de inundações

Há famílias que acolhem mais de 10 pessoas em suas casas devido a inundações no bairro Magoanine A, na Cidade de Maputo. Os acolhidos são vítimas de alagamentos cujas casas não estão em condições de serem habitadas. A situação é dramática e agravou-se com a abertura de bacias.

As ruas e casas dos bairros Magoanine “A” e “B” na Cidade de Maputo encontram-se inundadas e isoladas. Os moradores procuram retirar do interior das residências os poucos bens que sobraram.

“É lamentável esta situação, estamos mal de verdade. Não temos onde viver nem lugar para dormir. Confiávamos nas mesas, mas também foram arrastadas pelas águas das chuvas”, queixou-se Tarcísia Gumene.

Devido ao problema, algumas famílias decidiram acolher as que não têm abrigo, o que faz com que mais de vinte pessoas compartilhem o mesmo espaço.

Inês Pedro é uma das beneficiárias. Perdeu quase tudo e vive da boa vontade dos seus vizinhos, que a acolheram com os seus quatro filhos.

“Peço ajuda, porque eu não tenho para onde ir. Se não fossem os meus vizinhos, não sei o que seria de mim e dos meus filhos”, lamentou a moradora.

Na casa onde foi acolhida Inês Pedro, há, para além de si e seus filhos, outras 15 pessoas recebidas pela família Sitoe, que abriu as portas de todos os compartimentos da sua casa para também conservar os bens recuperados pelos seus vizinhos.

“Não tinha como deixar as famílias sofrerem, porque são vizinhos e pessoas conhecidas. Se tivessem aparecido há uns dois ou três dias, teriam visto mais pessoas”, explicou Almão Sitoe, chefe de família.

Os moradores de Magoanine “A” e “B” contam que não é a primeira vez em que as suas casas ficam isoladas devido às chuvas e inundações, e em 2013, receberam propostas de reassentamento, mas até o momento nada aconteceu.

Na Cidade de Maputo, há mais de seis mil pessoas que foram afectadas pelas chuvas e inundações nos sete distritos municipais.

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