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China pede aos EUA que não coloquem mais “lenha na fogueira” no conflito Rússia-Ucrânia

Foto: Notícias ao Minuto

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a China se opõe a quaisquer acções que “lancem mais achas para a fogueira” na Ucrânia.

Segundo o Notícias ao Minuto, Wang pediu negociações para resolver a crise na Ucrânia, bem como conversas sobre a criação de um mecanismo de segurança europeu equilibrado, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Num telefonema realizado no sábado, o diplomata chinês disse, ainda, que os EUA e a Europa devem prestar atenção ao impacto negativo que a expansão da NATO para o leste tem para a segurança da Rússia.

Durante a conversa, Blinken mais uma vez pressionou a China a ser mais crítica com a Rússia, indicou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Ned Price, em comunicado.

A China, por enquanto, tem evitado condenar a invasão russa da Ucrânia, tendo expressado oposição às sanções unilaterais impostas a Moscovo pelos Estados Unidos, UE e outros países ocidentais.

O telefonema entre os dois chefes de diplomacia concentrou-se no conflito “premeditado e injustificado” provocado pela Rússia, disse o Departamento de Estado dos EUA.

Blinken aproveitou a oportunidade para lembrar a Wang que “o mundo está atento para saber quais as nações que defendem os princípios básicos de liberdade, autodeterminação e soberania”.

O secretário de Estado norte-americano também sublinhou que o mundo está a agir em uníssono para responder à agressão russa, procurando fazer com que Moscovo pague um preço alto pelas suas acções.

Pequim tem defendido a soberania territorial das nações, mas manteve uma posição ambígua em relação ao conflito na Ucrânia e absteve-se em duas votações de condenação à Rússia na ONU, uma no Conselho de Segurança e outra na Assembleia-Geral.

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