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MISAU quer dos profissionais de saúde melhor resposta à COVID-19

Foto: O País

O ministro da Saúde, Armindo Tiago, quer dos profissionais de saúde maior entrega na resposta à COVID-19 e outras doenças que podem causar crise sanitária e pressionar o sistema de saúde.

Armindo Tiago falava durante a abertura de XVI jornadas científicas do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA) que, segundo entende, será de grande contributo na resposta à COVID-19, pois decorre numa altura em que os sistemas de saúde de todo o mundo são desafiados pela pandemia.

“Em países como Moçambique, a pandemia da COVID-19 ocorre num substrato do fardo triplo, causado por doenças infecciosas endémicas; crónicas não transmissíveis e trauma”, referiu.

Conforme disse, mais do que responder aos desafios impostos pelas doenças emergentes, o ISCISA deve, também, priorizar outras componentes de ensino como a investigação e extensão.

Armindo Tiago sublinhou que as jornadas devem “decorrer num ambiente científico e de diálogo franco”, para que os trabalhos apresentados possam concorrer para a resolução dos problemas que afligem a saúde e o bem-estar dos moçambicanos.

O governante falou ainda da carreira profissional dos agentes de saúde que, segundo considerou, não deve ser vista “apenas como um emprego”.

“Ser profissional de saúde é, acima de tudo, uma vocação e é nos estabelecimentos de ensino onde esta vocação deve ser cultivada. Para além da aquisição de conhecimentos e competências, os estudantes do ISCISA deverão usar o privilégio de frequentar o ensino superior público para aperfeiçoar a ética profissional, a empatia pelo próximo, o espírito do altruísmo e a humildade científica”, destacou.

Para Tiago, o profissional de saúde pode ser “tecnicamente bom”, mas, se não tiver prudência e diligencia, não se pode contar com ele, tanto no exercício da prática médica, quanto no exercício da investigação”.

Desde a sua criação, o Instituto Superior de Ciências de Saúde já formou 2.767 licenciados e 32 mestres e, actualmente, lecciona 17 cursos de licenciatura e quatro cursos de mestrado.

As jornadas científicas decorrem sob o lema “Formando enfermeiros inspirados em Florence Nightingale, para atender aos desafios das doenças emergentes”.

Florence Nightingale foi uma destacada enfermeira inglesa, que viveu entre 1820 e 1910. Criou a primeira Escola de Enfermagem da Inglaterra no Hospital Saint Thomas, em Londres. Ganhou destaque ao servir como chefe e treinadora de enfermeiras durante a Guerra da Crimeia, na qual organizou o atendimento aos soldados feridos.

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