A Ordem dos Enfermeiros de Moçambique exige dos profissionais mais respeito pela dignidade dos pacientes e sigilo profissional. Maria Lourenço falava, esta terça-feira, no lançamento do primeiro Código de Ética e Deontologia Profissional dos Enfermeiros.
O mau atendimento hospitalar, a corrupção e a falta de cortesia são algumas das queixas recorrentes dos utentes nas unidades sanitárias, problemas que o Ministério da Saúde espera ver resolvidos com o lançamento do Código de Ética e Deontologia dos Enfermeiros.
Segundo explicou o director nacional dos Recursos Humanos do MISAU, Norton Pinto, que falava na cerimónia de lançamento do instrumento, em representação do ministro da Saúde, Armindo Tiago, o código tem como propósito a definição de padrões e princípios relacionados aos direitos, responsabilidades, proibições e deveres a serem considerados durante o exercício da profissão de enfermagem em Moçambique.
“O código de ética para os profissionais de enfermagem em Moçambique delimita as infracções e as respectivas penalizações pelos actos que contrariem ou ameacem o respeito pelas boas práticas profissionais, pelos direitos humanos, elevando assim a consciência de humanismo como incentivo para um bom ambiente de prestação de cuidados de saúde”, disse Pinto.
Para a bastonária da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique, Maria Acácia, o Código de Ética e Deontologia dos Profissionais de Enfermagem de Moçambique vai ajudar a sancionar os profissionais acusados de mau atendimento hospitalar, que é uma das maiores preocupações do sector da saúde.
“Com o lançamento deste código de ética e a sua implementação, se realmente o mau atendimento é perpetuado pelos enfermeiros, o instrumento vai ajudar, porque a ética exige-nos que façamos o bem”.
Sobre os enfermeiros que exercem funções sem carteira profissional, Maria Acácia garante que a ordem não será tolerante, pois “vamos retirar quem não está regularizado. Todos os enfermeiros devem inscrever-se, regularizar a sua situação, porque só assim poderemos certificar se o profissional de facto tem formação que lhe dá a competência de poder cuidar de outro ser humano”.
O código de ética foi lançado na sua primeira edição e vai permitir guiar os profissionais de enfermagem.