O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano distancia-se da falta de pagamento do subsídio de horas extras aos professores e afirma que é da inteira responsabilidade do Ministério da Economia e Finanças. Entretanto, sem avançar onde, nem quantos professores já se beneficiaram, garante que o pagamento está a acontecer.
“O processo de pagamento das horas extras já começou, conforme anunciou a ministra da Educação. Há escolas que já foram pagas, o que nós podemos adiantar é que este está a ser feito de forma faseada, tal como garantiu o Ministério da Economia e Financas”, disse Manuel Simbine, porta-voz do Ministério da Educação, em entrevista ao “O País”.
Apesar das reclamações dos professores, o porta-voz do Ministério da Educação diz que está tudo a postos para a abertura do ano lectivo a 31 de Janeiro.
Para já, prevê-se a contratação de cerca de três mil professores.
“Todos os anos, contratamos novos professores em função do orçamento e para este ano prevemos contratar mais 2803 professores e brevemente irão iniciar os concursos.”
Em Cabo Delgado, algumas escolas permanecerão encerradas, até que haja segurança nas zonas afectadas pelo terrorismo.
“Em Cabo Delgado, temos 1006 escolas e em 2023 funcionaram 814 e podemos garantir que este ano são as mesmas que irão funcionar até estarem garantidas todas as condições de segurança.”
Sobre as matrículas da primeira classe, que terminaram a 29 de Dezembro, o porta-voz do MINEDH diz que foram inscritas mais de um milhão de crianças, das 1,6 milhões previstos.
Entretanto, o processo não será prolongado, pois “temos que cumprir o calendário do ano lectivo, mas isso não significa que, se um pai ou encarregado de educação dirigindo-se a uma escola mais próxima e justificar-se por alguma razão, iremos abrir excepção para que nenhuma criança fique de fora”.
Para a sétima e décima primeiras classes, as matrículas arrancaram esta quarta-feira e prevê-se inscrever mais de 800 mil alunos até 22 de Janeiro.