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Matola celebra 50 anos com problemas que inquietam citadinos e desafiam edilidade

Foto: O País

A Cidade da Matola celebra, hoje, 50 anos após sua elevação a essa categoria. Apesar de estarem em festa, os citadinos falam de retrocessos na vida daquela urbe.

Imundice, criminalidade, saneamento precário estão entre as preocupações dos citadinos.

Rogério Júlio é residente no bairro Matola Santos, ao “O País” não escondeu o seu desagrado com “ o rumo que a cidade está a tomar, porque sempre que chove as nossas casas ficam dentro da água, os nossos móveis e outros bens ficam estragados, a edilidade sabe disso, mas nunca faz algo para resolver a situação”.

Para além de inundações, o sistema de recolha de lixo “ineficiente” é outra preocupação, segundo a fonte às vezes há em que passa um mês sem que o município faça a recolha dos resíduos sólidos.

E os problemas não param por aí, houve quem falou da criminalidade e queixou-se de um centro de saúde, há pouco inaugurado, no bairro Matola Santos, que por causa das chuvas ficou inundado e neste momento funciona nas instalações do círculo do bairro.

“Sempre que chove ficamos sem hospital, não faz sentido, para uma cidade como a nossa ter um problema muito básico como esse”, desabafou, Flora da Caridade.

Esses são problemas enfrentados por parte dos cerca de um milhão e duzentos e quarenta e cinco mil habitantes, e no dia em que a urbe está em festa, o edil reconheceu os seus desafios, “os desafios para a construção da Matola que queremos são inúmeros ainda”, disse Calisto Cossa.

Segundo o governante, os matolenses estão cada vez mais exigentes, e por isso os últimos oito anos, foram para responder a esses desafios, como o caso da melhoria de infra-estruturas municipais.

“Hoje podemos dizer com satisfação que a cidade da Matola tem ligações internas, asfaltadas e terraplanadas que, permitem e facilitam a deslocação dos munícipes, sem a necessidade de entrarem para o território da Cidade de Maputo como acontecia no passado”, vangloriou-se.

Cossa destacou ainda, o desafio imposto pelas mudanças climáticas, que na época chuvosa representam desafiam a resiliência das infra-estruturas públicas e privadas e como solução a edilidade já trabalha para a manutenção dos canais de circulação de água, mas também prometeu, para este ano, a continuidade na construção do canal dois da vala de fomento.

O combate à criminalidade o governante garantiu que foi fortalecida a colaboração institucional com a Polícia da República de Moçambique e, para além das acções de contacto a comunidade, apoiaram na construção de esquadras e postos policiais, como o caso da esquadra do bairro Matola D,  1ª de Maio e posto policial do Bairro Mathlemele.

“Na saúde intervimos no apetrechamento da morgue do Hospital Provincial de Maputo e construímos com base no Programa do Orçamento Participativo o Centro de Saúde de Malhampswene, o qual funciona como maternidade servindo a comunidade e de bairros circunvizinhos”.

O processo de urbanização é outro aspecto que Calisto Cossa destacou com atribuição de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra, tanto para habitação quanto para investimentos.

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