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Matola “caça” novo Coronavírus através do inquérito sero-epidemiológico

Foi lançado hoje, na cidade da Matola, província de Maputo, o inquérito sero-epidemiológico da COVID-19. Serão abrangidos por este processo 42 bairros, mercados, profissionais de saúde e outros grupos vulneráveis ao novo Coronavírus.

A província de Maputo estava na eminência de transmissão comunitária do novo Coronavírus devido ao crescimento exponencial do número de casos da doença e redução de pessoas recuperadas da COVID-19.

De um total de 916 casos positivos, 625 são recuperados e 291 continuam activos, o que mantém viva a esperança de controlar a propagação da doença. Mas para melhor controlar a contaminação e propagação do vírus é preciso conhecer os locais vulneráveis, bem como as pessoas mais expostas. E tal só poderá ser possível através do inquérito sero-epidemiológico lançado esta segunda-feira, na cidade da Matola.

“Com este inquérito, acreditamos que será possível sabermos, exactamente, quantas pessoas estão infectadas ou expostas à COVID-19, na nossa cidade e descobrir focos de transmissão deste vírus”, disse a secretária de Estado na província de Maputo, Vitória Diogo.

Com os resultados do inquérito, as autoridades de saúde e o governo local poderão definir as melhores estratégias de combate e prevenção do novo Coronavírus.

“Por isso, é importante que, ao aceitar participar e acolher este inquérito como província, teremos a vantagem, em primeiro lugar, de saber a situação real no concernente à COVID-19, permitindo-nos a implementação de medidas mais acertadas que concorram para a inversão ou mitigação da situação”, concluiu Vitória Diogo.

“Neste inquérito, são envolvidos profissionais do Instituto Nacional de Saúde, mas também do Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado, do município da Matola e outros profissionais na área da saúde para apoiar as actividades de campo”, enumerou Edna Viegas, delegada do Instituto Nacional de Saúde na cidade e província de Maputo, acrescentando que são 40 inquiridores, dos quais 20 técnicos de laboratório e 10 supervisores de campo que farão parte deste inquérito.

O inquérito consiste, basicamente, no teste rápido do novo Coronavírus, seguido de um questionário feito ao inquirido.

“O primeiro passo é a administração do que nós chamamos de consentimento informado, no qual temos que explicar ao participante em que consiste o inquérito e depois um documento em que o indivíduo assina, aceitando fazer parte do processo”, explicou Ivalda Macicame, técnica do Instituto Nacional de Saúde.

A fonte fez saber ainda que, de seguida, é feito um aconselhamento para que se possa fazer um teste rápido “que consiste na picada do dedo para tirar pequenas gotas de sangue, cujo resultado fica disponível em 10 ou 15 minutos”.

Outro aspecto que é parte do processo é uma entrevista, através do Tablet, na qual se fazem questões relacionadas às medidas de prevenção da COVID-19, sintomatologia de gripe e outras ligadas à pandemia.

As autoridades pedem a cooperação de todos neste processo para se travar a propagação do novo Coronavírus na província de Maputo.

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