O bairro Matola A, concretamente Matola Santos, na província de Maputo, conta a partir desta terça-feira com o centro de saúde. A infraestrutura inaugurada pelo governador da Província de Maputo, Júlio Parruque, está orçada em cerca de 50 milhões de meticais.
Com a nova unidade sanitária espera-se que mais de 65 mil pessoas, tanto deste bairro como dos circunvizinhos, sejam beneficiadas reduzindo, deste modo, o rácio profissional de saúde-utente e o tempo de espera para o atendimento.
Segundo o governador da província, antes da inauguração do centro de saúde Matola Santos a comunidade percorria longas distâncias, para ter acesso aos serviços de saúde e o trabalho para os profissionais de saúde era acrescido.
“Os centros de saúde devem estar cada vez mais próximos dos cidadãos”, afirmou, e por isso disse que “a partir de hoje, já não precisarão percorrer longas e penosas distâncias para chegar a um centro de saúde, com serviços de saúde materno-infantil, pediatria, laboratório, consultas de adultos, e mais”.
Segundo Parruque, este centro irá contribuir, de forma decisiva, para descongestionar os centros de saúde da Matola C e Matola 2. À população foi prometido ainda o acréscimo de uma maternidade com capacidade para 15 camas, três das quais para a sala de partos, nos próximos anos.
“Com este centro de saúde passamos a contar com um total de 114 unidades sanitárias, das quais 10 centros de saúde de nível primário e quatro hospitais e para o presente quinquénio contamos construir mais três unidades sanitárias, até 2024, na província de Maputo”.
Segundo as autoridades, Matola Santos é dos bairros com maior taxa de seroprevalência do HIV/SIDA, e lá os casos não param de aumentar, é por isso que há três anos o Governo dos Estados Unidos decidiu apoiar para a redução das novas infecções e no tratamento.
Conforme disse Abigail Dressel, Ministra Conselheira e Chefe Adjunta da Missão da embaixada dos Estados Unidos da América, o centro de saúde vai fornecer tratamento clínico para prevenir a transmissão do HIV/SIDA em mulheres grávidas, lactantes e para o bebé.
“Este centro testa e trata pacientes com HIV/SIDA, tuberculose, malária e outras doenças e fornecerá serviços de saúde essenciais para a comunidade no seu todo”, referiu Dressel.
No bairro Matola os casos de HIV/SIDA, malária e doenças diarreicas constituem desafio para as autoridades e considera-se que esta unidade sanitária servirá para responder à demanda dos utentes.