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Marcelino dos Santos imortalizado na sua terra natal 

Marcelino dos Santos terá uma estátua e uma praça em seu nome na terra onde nasceu, no posto administrativo de Lumbo, no distrito da Ilha de Moçambique. A inauguração será no sábado, data em que completaria 94 anos se estivesse vivo.

A figura do nacionalista e herói nacional, Marcelino dos Santos, será imortalizada, desta vez, através de um monumento em sua homenagem que compreende uma praça e uma estátua, na parte continental do distrito da Ilha de Moçambique, no posto administrativo de Lumbo, província de Nampula, onde nasceu a 20 de Maio de 1929. A construção esteve a cargo da Associação Marcelino dos Santos, presidida pelo general Eduardo Nihia, o mesmo que anunciou esta quinta-feira a cerimónia de homenagem a “Kalungano”.

“No dia 16 de Abril último, foi erguida uma estátua do herói nacional Marcelino dos Santos na praça em seu nome e na terra que o viu nascer no posto administrativo de Lumbo, distrito da Ilha de Moçambique, cuja inauguração está prevista para sábado, 20 de Maio corrente, data do seu nascimento.”

A anteceder à inauguração, esta sexta-feira será realizado um simpósio sobre a vida e obra de Marcelino dos Santos, evento que vai decorrer na Ilha de Moçambique e terá como um dos oradores o antigo Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, e Graça Machel, que intervirá remotamente.

É a primeira vez que se realiza um movimento deste género desde que Dos Santos morreu a 11 de Fevereiro de 2020. Marcelino dos Santos fez parte do grupo de pan-africanistas que, a partir de Portugal, se juntaram para desenhar as ideias das lutas pela descolonização dos países africanos colonizados por Portugal.

Foi por conta desse seu empenho que teve que fugir de Portugal para França e de lá desceu para África onde, em Argel, praticamente encontra o campo fértil para o treinamento de homens que viriam a pegar nas armas durante 10 anos da luta armada de libertação nacional.

Socialista de corpo e alma, morreu defendendo ideais de uma sociedade de oportunidades para todos, com um discurso muito avesso à guerra, por isso nunca reconheceu que a Renamo lutava pela democracia, mas sim considerou até à morte que a Renamo era uma criação do colonialismo para destruiu as “conquistas da revolução”.

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