Mais de dois milhões e quatrocentas mil pessoas já foram vacinadas contra a cólera no país, o que as coloca livre da doença pelos próximos cinco anos.
A informação foi avançada pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, durante as cerimónias de encerramento da Semana Africana de Vacinação, assinalada de 24 a 30 de Abril, este ano sob o lema “Comunidade vacinada, comunidade saudável”.
Segundo Armindo Tiago, os últimos quatro anos foram difíceis para a saúde do país devido à COVID-19, ao vírus da pólio e à cólera, mas, conforme disse, foi possível ultrapassar graças às vacinas que têm sido administradas.
“A vacinação é uma interferência de saúde pública das mais bem-sucedidas e com grande padrão de custo-eficácia para reduzir a morbimortalidade por doenças e é uma prioridade para o Governo moçambicano”, referiu.
Informou que, através do uso de diferentes tipos de vacina, o Ministério da Saúde conseguiu reduzir em mais de 80% a mortalidade por sarampo, eliminar o tétano e controlar a propagação da poliomielite.
Armindo Tiago disse que o país avançou muito no que diz respeito à cobertura de crianças vacinadas. De 2015 a 2022, o crescimento foi de 83% para 89%. Entretanto, Maria Luísa Fornara, representante da Unicef em Moçambique, os desafios ainda são enormes.
“Moçambique está em 12º lugar a nível mundial em relação ao maior número de crianças não vacinadas, isto significa que há crianças que nunca receberam nenhuma vacina”, apontou.
Por seu turno, Judite Mussácula, secretária de Estado da Província de Maputo, disse que os últimos três meses foram frutíferos para a província que dirige por terem sido vacinadas, neste período, mais de 16 mil crianças menores de dois anos, o que corresponde a uma cobertura de 95% do grupo-alvo.
Pelos resultados, os parceiros de cooperação comprometem-se a estender o apoio.