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Liga Desportiva trabalha com 30 jogadores esperando novo treinador

Das equipas da cidade de Maputo que vão disputar o Moçambola 2019, apenas a Liga Desportiva não tem a sua situação regularizada, em termos de plantel e equipa técnica. Mas a colectividade já abriu as oficinas, há duas semanas, sob cuidados de Aly Hassan, homem da casa que vai segurando os trabalhos enquanto não se define a equipa técnica.

No início dos trabalhos foram mais de 50 jogadores que estiveram sob olhar de Aly Hassan, que procuravam convencer o técnico de que merecem um lugar na equipa. Mais tarde, alguns foram dispensados e nestes dias já são 30 os que se juntam aos seis que transitaram da época passada, formando assim uma equipa jovem para enfrentar as provas de 2019. Aly Hassan assegura que o plantel pode ainda ser reduzido, em função das condições que a direcção apresentar.

“Daqueles que ficaram, são jogadores que reúnem condições para representar a Liga. Também vai depender do treinador principal quando chegar para fazer a sua análise se, de facto, com aquilo que temos vindo a trabalhar estamos no caminho certo ou não. Quem vai decidir é o novo treinador”, defendeu Aly Hassan para quem “nós estamos a procurar encontrar o melhor para a Liga e o melhor para o futebol moçambicano, que é fazer uma equipa competitiva”.

Da época passada, o plantel da Liga sofreu uma grande sangria, tendo permanecido apenas seis jogadores, nomeadamente o guarda-redes Pinto, e os jogadores Mocas, Momed Hagy, Gerson, Daínho, Nonó. “O resto dos jogadores são, praticamente novos, que vem de outras equipas e outros que vem de equipas dos bairros, mas que possuem algum talento que vamos procurar limar o máximo, que é o nosso papel, de trabalharmos com eles”, esclarece Aly Hassan, que orienta os trabalhos de preparação da equipa.

Relativamente aos novos jogadores, Hassan diz que “ainda não temos nenhum jogador de renome contratado”. Aliás, segundo o técnico que ano passado foi adjunto de Akil Marcelino, “a Liga é uma equipa que está a procura de talento e, neste contexto, há poucos jogadores que se oferecem e com vontade de querer estar aqui”. Mas afirma que “é salutar para nós que trabalhamos com jovens e quando eles tem vontade de querer fazer as coisas acabamos ficando satisfeitos com isso”. Afinal, agora é começar tudo de novo: “aqui na Liga é tudo novo, praticamente. É começar do zero, de princípio, porque são jogadores com algumas deficiências e que temos que fazer um trabalho muito aturado para conseguirmos ultrapassar estas lacunas”, disse o antigo jogador dos Mambas.
 
Objectivos são os mesmos da época passada
Apesar de ainda não ter definido o plantel para esta época, com base nos jogadores que vão permanecer na equipa, Aly Hassan já traçou o objectivo para esta temporada. E não serão diferentes dos objectivos do ano passado: “manter uma equipa competitiva e que jogará por lugares honrosos em conformidade com aquilo que é a Liga”. Mas assume que a direcção do clube, depois de olhar para os jogadores de que dispõe, poderá definir melhor os objectivos.

Aliás, o treinador principal que chegará é que melhor fará a definição dos objectivos, pese embora o mesmo continue no segredo dos deuses. Um segredo que nem Aly Hassan quis revelar. “Vou deixar para a direcção anunciar porque não tenho certeza do treinador que vem para trabalhar para a Liga. Se é Diamantino Miranda não posso confirmar. Não tenho certeza de quem vem e só a direcção pode responder isso”, esquivou-se o técnico.

Para já, os trabalhos da Liga Desportiva de Maputo vão continuar bi-diários até que se defina os jogadores que permanecem, ou seja, até a chegada do novo treinador, no final deste mês.
 
Não conhecer datas do início do Moçambola preocupam a Liga
Sem conhecer o modelo que será usado para o Moçambola deste ano e muito menos a data do início da prova preocupa a equipa técnica interina da Liga Desportiva de Maputo. Conquanto “todo staff técnico quer iniciar a época sabendo das datas e o tempo que vai iniciar as provas. Isso é importante para fazermos o planeamento da nossa preparação para as competições”, disse Hassan.

Este revela que é problema do futebol do nosso país, que deixa tudo para a última hora e isso “nos prejudica. Caímos no marasmo de pensar que temos que esperar as coisas acontecem, mas temos que ter o espírito de ir atrás das coisas”, desabafa.

Pela classificação da Liga Desportiva de Maputo no ano passado, que terminou na terceira posição, há possibilidade da mesma participar nas afrotaças que iniciam em Agosto próximo, concretamente na Taça CAF. Mas Aly Hassan diz que só a direcção pode garantir ou não a participação da colectividade. “Bem que gostaríamos mas acho que só a direcção pode responder se sim ou não”, concluiu o técnico moçambicano.

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