A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) comemorou ontem em Luanda 25 anos de vida com a conclusão de um acordo no quadro de mobilidade, com propostas concretas para reforçar cooperação económica e empresarial e um alerta à Guiné Equatorial.
Na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, os nove países que a compõem assinaram um acordo de mobilidade, que terá de ser ratificado e permitirá a circulação a profissionais, estudantes e empresários, um processo concluído pela presidência cabo-verdiana, escreve o Notícias ao Minuto.
“Consideramos que a livre circulação dos cidadãos da comunidade, a potenciação do valor económico da língua portuguesa e a projeção da cultura são elementos-chave para uma maior consolidação da CPLP”, salientou o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca.
Angola, que ontem iniciou o seu mandato de dois anos na presidência da CPLP, anunciou já o objectivo de criar um banco de investimento comum, ideia que, admitiu o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, pode avançar se houver investimentos significativos de várias partes.
Quanto à Guiné Equatorial, que aderiu em 2014 e se comprometeu em terminar com a pena de morte, os países voltaram a insistir no cumprimento desse compromisso.
Os líderes lusófonos repudiaram ainda os ataques no norte de Moçambique e manifestaram solidariedade com as autoridades moçambicanas, mas sem decidirem qualquer apoio concreto da CPLP.
Moçambique faz-se representar na reunião pelo Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário.