Depois das informações sobre os aumentos dos preços a 100% nos voos da “companhia de bandeira nacional”, o director-geral das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), João Carlos Jorge, falou hoje ao “O País”, em esclarecimento sobre os ajustes que a empresa efectuou.
Afinal, não se trata necessariamente de uma subida a dobrar conforme terá sido veiculado o assunto, mas sim, um reajuste que a empresa procedeu, de acordo com as classes em cada um dos voos.
“Não houve aumento de 100%. O que nós fizemos foi a introdução de novas tarifas, nas quais, algumas baixaram e outras subiram (ligeiramente), sendo que mais serviços foram providos”, explicou o director-geral da LAM, trazendo à ilustração o caso da classe executiva onde “os passageiros querem mais serviço de apoio”.
De facto! Em consulta que o “País” fez na página da internet da LAM, uma viagem de Maputo a Lichinga, reservada com antecedência tem custos com variação entre 7 mil e 19 mil meticais.
Simulando um passageiro que pretende viajar no dia 4 de Janeiro, com regresso no dia 11 de Janeiro próximo, na tarifa mais baixa o custo total da ida e volta dá cerca de 17.000 meticais.
“O essencial é comprar com antecedência, para as pessoas que olham para as tarifas, assim como olhar para as opções. Isto significa, não comprar o bilhete justamente no dia em que pretende-se a viagem", disse João Jorge Carlos, em explicação das “tácticas” que podem levar um cliente a pagar preços bonificados.
Na entrevista exclusiva que concedeu hoje ao “O País”, o director-geral da LAM falou, igualmente, do compromisso que a empresa tem em continuar a prover mais serviços sociais, o que implica preços favoráveis a camadas como idosos e estudantes, por exemplo.
Para reforçar a frota, a LAM espera nos próximos meses adquirir um Q400 e um 737, duas referências de aviões que permitem o transporte de mais carga e passageiros. Aliás, a empresa aguarda também com ansiedade, o início dos voos a Lisboa, onde a previsão para o início aponta para Março próximo.