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Trégua criou condições para retoma da economia no primeiro trimestre

Além da continuação da suspensão do apoio directo ao orçamento, os primeiros três meses do ano foram marcados pela redução de fluxos no investimento directo estrangeiro, redução de importações e de exportações. Mas há um factor que fez toda a diferença: a estabilidade político-militar.

A trégua – oxalá que dê lugar à paz definitiva – criou condições para a retoma da economia, cujos sinais são visíveis nas áreas de pesca, agricultura e construção. Mas há mais: o balanço do Ministério da Economia e Finanças, divulgado ontem, indica que houve uma melhoria na cobrança de receitas e maior contenção de despesas.

Comecemos pelas receitas: de uma previsão anual de cerca de 186 mil milhões de meticais, o Estado arrecadou, no primeiro trimestre, 39 mil milhões de meticais, o correspondente a 21 por cento. O volume de receitas dos primeiros três meses do ano supera em 18 por cento aquilo que foi cobrado no igual período de 2016.

Com o aumento das receitas, aumentou também o peso do financiamento da despesa com recursos internos. “No primeiro trimestre, cerca de 80 por cento da despesa foi financiada com recursos internos, quando, nos anos passados, andávamos abaixo de 50 por cento. Estamos a dizer que quase a totalidade da despesa que o Estado vem realizando é assegurada pela receita que é gerada internamente”, explicou Rogério Nkomo, porta-voz do Ministério da Economia e Finanças.

Agora a despesa: de uma previsão anual de 156 mil milhões de meticais para as despesas de funcionamento, a realização no primeiro trimestre foi de 36 mil milhões de meticais, o que corresponde a 23 por cento. Nas despesas de investimento, a previsão anual é de cerca de 80 mil milhões de meticais e a realização, no primeiro trimestre, foi de 800 milhões. É preciso notar que a despesa realizada no primeiro trimestre representa uma redução de cerca de cinco por cento em relação a igual período do ano passado.

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