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Balança comercial europeia com os PALOP é negativa em 1,8 mil milhões de euros

A balança comercial da União Europeia (UE) com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) é desfavorável aos europeus em quase 1,8 mil milhões de euros, com Moçambique e Guiné a terem saldos negativos.

Conforme os cálculos da Lusa, com base nas informações fornecidas pelo Eurostat, a UE exportou para os PALOP bens e serviços no valor total de 5,1 mil milhões de euros, tendo importando destes países africanos o equivalente a 6,9 mil milhões de euros, durante o ano passado. Os dados especificados por país permitem constatar que o saldo entre as exportações e as importações é desfavorável aos europeus no caso de Angola, Moçambique e da Guiné Equatorial (788, 644 e 881 milhões de euros, respectivamente). Os restantes três países lusófonos em África registam trocas comerciais significativamente mais baixas, com a balança comercial a ser favorável aos europeus em 401 milhões, no caso de Cabo Verde, 120 milhões na Guiné-Bissau e 62 milhões de euros em São Tomé e Príncipe. A balança comercial entre a União Europeia e os países africanos é positiva para a Europa desde 2015, com a África do Sul a liderar o volume de trocas comerciais, seguida da Argélia, Marrocos e Egipto. De acordo com os dados disponibilizados à Lusa pelo Eurostat, o organismo oficial de estatísticas da União Europeia, a balança comercial passou a ser favorável aos 28 países europeus desde 2015, quando o saldo entre as exportações e as importações foi de 21,6 mil milhões de euros.

Em 2014, ano da última cimeira UE-África, o saldo tinha sido favorável aos 54 países que constituem a União Africana em 1,9 mil milhões de euros, mas desde então o saldo das trocas comerciais foi sempre favorável aos europeus. Em 2016, a balança comercial foi excedentária para a UE em 28,5 mil milhões de euros, e até agosto deste ano o saldo permanece favorável em 13,1 mil milhões.

A quinta cimeira UE/África decorre entre 29 e 30 de Novembro na Costa do Marfim, com o tema “Investir na juventude para um futuro sustentável”.

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