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Júlio Parruque visitou Mozgrow no último dia da feira

Terminou, hoje, a quarta edição da Mozgrow. A secção de exposição continuou a ser a grande atracção desta quarta edição da feira. Havia de tudo, desde sementes, passando por tecnologia agrícola até produtos prontos para a degustação no local. O espaço também serviu para firmar parcerias. No último dia do evento, o Governo da Província de Maputo quis ir ver de perto.

Júlio Parruque, governador da Província de Maputo, decidiu não perder a oportunidade de ver as potencialidades expostas na feira. À chegada, antes de mais nada, decidiu visitar a exposição. Interagiu com produtores de diferentes províncias. Uma frase que era sua tónica é: “façam intercâmbio com a Província de Maputo”. Fê-lo quando foi falar com produtores de tomate de Gaza.

Visitada a exposição, Júlio Parruque mostrou-se satisfeito e esperançoso em relação ao futuro de Moçambique. É que, para ele, “feiras como esta ajudam a fazer com que Moçambique cumpra o que está plasmado na Constituição da República, que é que a agricultura seja a base do desenvolvimento de Moçambique”.

Júlio Parruque fez-se também ao interior da tenda, visitou vários stands e foi até à sala onde decorriam os grandes debates.

EXPOSIÇÃO DA MOZGROW: A GRANDE ATRACÇÃO DESTA EDIÇÃO

De cima, via-se um parque cheio de viaturas e embaixo encontra-se a razão que atraiu tanta gente à Arena 3D, na KaTembe, nos últimos dois dias. É a quarta edição da maior montra do agro-negócio no país e os expositores não quiseram defraudar, levaram o melhor que fazem e não fazem pouco.

Havia, na KaTembe, produtores de todas as idades. Encontrámos um jovem de 24 anos de idade. Ele é técnico agro-pecuário.

Depois da formação, Álvaro Abudo não teve emprego e decidiu juntar-se a uma parceira para abrir a Agrota, uma empresa de jardinagem e consultoria agrícola. No mercado há oito meses, a Agrota ganhou maior relevância nesta exposição da Mozgrow. “Conseguimos mais clientes para jardinagem e outros serviços que temos.”

Porém, não é só o jovem Álvaro, há outros produtores que, ainda no decorrer da exposição, já colhiam frutos da sua participação. Prova disso era a troca de cartões e compras que eram feitas no grande pátio da Arena 3D.

Uma das grandes atracções era um sistema de irrigação da Honda, montado de tal maneira que pareça não ter nenhum ponto de suporte. Isso atraiu vários curiosos. A fabricante, a Honda, diz que mais do que atrair curiosos, o seu stand teve um grande impacto na criação de novas parcerias. “As pessoas procuram quase todo o nosso equipamento, desde motobombas, motorizadas e outros.”

Ligado também à irrigação, estava a Savannah, empresa de produção de tubos que colhe bons frutos. E não são só eles que firmam boas parcerias. A TECAP e a AQI também se mostraram satisfeitas, já que conseguiram reunir grande parte do que precisaram.

O evento atraiu diferentes tipos de apreciadores. Exemplo disso é a administradora de Boane, que tomou um tempo para apreciar o que de melhor se faz no seu distrito. Interagiu com os produtores e ficou a saber do que mais se faz na zona que dirige.

O deputado Samo Gudo também decidiu interagir com a maior conferência do agro-negócio no país e gostou do que viu, mas há algo em particular que o impressionou. “Vi muita juventude envolvida na produção agrícola, isso é uma boa promessa para o futuro.”

Mas a exposição não termina no pátio da Arena 3D. Quem transpõe a porta, encontra um novo mundo. Por exemplo, o presidente do Conselho de Administração da Fundação SOICO, Daniel David, descobriu um bolo e dele deliciou-se e, até, convidou os que estivessem nas proximidades para também provar.

A acompanhar o bolo de arroz de Chókwè, um café também descoberto na Mozgrow, o Café Chimanimani. Essa também foi uma das grandes atracções da feira. Aliás, a administradora do distrito de Magude provou o café. No final, recomendou que fosse a aposta do país por ser “muito bom e sem muita cafeína”.

Houve quem procurasse mais do que os produtos disponíveis. Afinal, Mozgrow também é um espaço de novas parcerias. Por exemplo, o administrador do Millennium bim, Moisés Jorge, visitou a feira com o objectivo de resolver um dos maiores problemas do agro-negócio: o financiamento. “Já vi algumas coisas interessantes. Agora é só fazer a recolha de informações para saber em que apostarmos.”

Já o BCI, que já tem uma linha de financiamento ao agro-negócio, tinha um stand, nesta edição, onde trazia consigo os maiores beneficiários dos seus fundos. Quem passeia pelos corredores da feira encontra também soluções como seguro agrícola… Um problema que vários dos empresários agrícolas levantam devido à exposição aos desastres naturais em Moçambique. As opções são várias.

Para os problemas de comercialização, há quem quis ajudar e foi interagir com as diversas empresas que expunham na Mozgrow. Tinham visitantes de diferentes idades e vindos de diferentes pontos do mundo.

Os diferentes stands, que eram frequentemente visitados por várias pessoas, tinham lá de tudo, incluindo máquinas de última geração, com as empresas a explicarem como cada parte funciona.

Em cada um dos lados, é possível ver várias pessoas em conversações… Na verdade, esta foi a área que, por excelência, era usada para o networking.

Mais do que os primeiros contactos entre fornecedores e potenciais clientes, houve quem arrecadou consumidores dos seus serviços. Por exemplo, a Wise Up on-line, que inscreveu alguns novos estudantes… Esta é uma plataforma que ensina Inglês on-line, o que facilita a escalabilidade dos negócios, por isso foi também uma das atracções.

Com os primeiros contactos feitos, chegou o momento de fazer o seguimento e captar potenciais negócios através dos cartões-de-visita recolhidos

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