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Julgamento de Sarkozy adiado para quinta-feira

O julgamento do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, acusado de corrupção e tráfico de influências, por alegadamente ter tentado subornar um juiz num processo de 2014, foi adiado para quinta-feira, depois de um dos três arguidos ter faltado à audiência por motivos de saúde, anunciou o tribunal, citado pela RFI.

A Euronews avança que a primeira audiência foi adiada porque um dos arguidos, o juiz Gilbert Azibert, está doente com suspeitas de COVID-19.
O Ministério Público opôs-se ao adiamento do julgamento, alegando que o arguido podia testemunhar por videoconferência, como estipula o despacho judicial, emitido pelo executivo, para adaptação das sessões num contexto de pandemia.

Além de Sarkozy e de Alibert, é também arguido neste caso o advogado do ex-presidente, Thierry Herzog. Advogado e cliente foram apanhados em escutas telefónicas a discutir os detalhes do caso, sendo que o telemóvel de Sarkozy tinha sido comprado especialmente para as conversas com o representante jurídico, alegadamente para escapar às escutas, e registado sob um nome falso.

O processo de há seis anos, na origem destas escutas, tem a ver com a campanha presidencial de 2007, nomeadamente com o dinheiro alegadamente pago de forma oculta por parte da herdeira do império L’Oréal, Liliane Bettancourt.

Os arguidos podem ser condenados a uma pena suspensa de prisão de até 10 anos e a uma multa de até um milhão de euros. Os três acusados negam qualquer irregularidade e reclamam-se inocentes.

É a primeira vez que um antigo chefe de Estado se senta no banco dos réus, o que acontece ao fim de várias investigações e escândalos a envolver o nome daquele que foi o inquilino do Eliseu entre 2007 e 2012, escreve a Euronews.

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