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Japão doa 1.8 milhões de dólares para ajudar deslocados no Norte

O país asiático demonstra solidariedade, por meio de donativo, aos refugiados e deslocados da zona Norte do país que tiveram sua situação agudizada pelo actual cenário de pandemia de COVID-19.

 

Como forma de aliviar as populações arrasadas pelo terrorismo, agudizado pela COVID-19 e calamidades naturais, o Governo japonês, representado pela sua embaixada em Maputo, doou USD 1.869.000 às operações do Programa Mundial de Alimentação (PMA).

O referido valor é destinado à apoiar a subsistência dos refugiados no Centro de Refugiados de Maratane, localizado na província nortenha de Nampula, bem como os deslocados devido aos ataques que ocorrem na província de Cabo Delgado.

“Como não podemos ajudar militarmente na área de combate ao terrorismo, então, nossa ajuda e nosso apoio vai ser nas áreas não-militares”, explicou Kimura Hajime, embaixador do Japão em Moçambique.

Apesar do principal objectivo do donativo ser o fornecimento de assistência alimentar, Antonella D’Aprile, directora nacional do PMA, explica que a visão vai mais longe, com a pretensão de tornar as comunidades autónomas. Pretende-se de forma factual, fortalecer as oportunidades de geração de rendimento para as comunidades.

“Acreditamos que a redução da dependência da ajuda humanitária em prol do aumento de independência e integração são chaves para melhorar as condições de vida dos habitantes do campo e da comunidade local”, disse Antonella.

A directora nacional do PMA acrescentou que “o programa se baseia numa abordagem de estímulo ao mercado local, fortalecendo, assim, cadeias de produção, aumento de capital social e protecção para integração local”.

Espera-se que além de beneficiar 9.500 pessoas no campo de Maratane, o programa abranja 16.390 pessoas que dependem directamente deste acampamento para obter serviços básicos como água, saneamento, saúde e educação.

O programa será implementado em parceria com instituições governamentais como o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e o Instituto Nacional de Assistência aos Refugiados, bem como outras agências das Nações Unidas, como por exemplo, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Como forma de selar o donativo, um acordo foi assinado entre as partes [embaixada do Japão em Moçambique e o PMA], nesta quarta-feira, na cidade de Maputo.

A cerimónia oficial de assinatura do acordo contou com a presença da directora-geral do INGC, Luísa Meque, do chefe de operações do Instituto Nacional de Assistência aos Refugiados, João de Deus e do representante interino do ACNUR, Samuel Chakwera.

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