O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) realiza, quarta e quinta-feira, em Maputo, um simpósio alusivo aos 20 anos da sua criação e pretende discutir estratégias de desenvolvimento para as zonas áridas no país.
As zonas caracterizadas pela seca no país têm-se ressentido de dificuldades enormes para o desenvolvimento em diversos âmbitos. Um deles diz respeito às limitações para a criação do gado, o que tem causado impactos negativos para a economia nacional. É a pensar nas estratégias de inclusão a estas regiões, que o INGC acolhe o simpósio sobre as regiões áridas e semiáridas.
As zonas em causa “estão identificadas dentro do plano de risco de desastres, aprovado em 2017, com vigência até 2030”, segundo o porta-voz do INGC, Ricardo Tomás, para quem no evento a instituição espera identificar grandes modelos alternativos de gestão “para estas zonas, nas diversas experiências que serão partilhadas no encontro”.
A seca é apontada como um dos fenómenos naturais cíclicos que assolam o país e mais exige do Governo orçamento para lidar com ela.
Refira-se que, de acordo com o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA, até Maio último, só na região sul do país, a seca e estiagem destruíram perto de 126 mil hectares de culturas diversas, o que equivale a cerca de 60 mil agregados familiares afectados.
No simpósio, que conta com mais de 200 participantes nacionais e internacionais, estarão presentes de diversas individualidades nacionais e estrangeiras, bem como administradores dos distritos mais afectados pela seca. Esperam-se ainda traçar directrizes que podem ajudar a encontrar soluções para o problema acima referido.