Já é possível fazer radioterapia em Moçambique. O serviço instalado no Hospital Central de Maputo foi inaugurado hoje, pelo Presidente da República. Filipe Nyusi quer que este seja o primeiro de muitos serviços no país, para melhorar a qualidade de vida das pessoas com cancro.
Um alívio para as 25 mil pessoas que anualmente são diagnosticadas cancro no país. O serviço de radioterapia, inaugurado esta quinta-feira pelo Presidente da República, vai juntar-se aos outros tratamentos do cancro e evitar que não se repitam as 17 mil mortes registadas no ano passado devido à doença. Trata-se de um tratamento através do qual se utilizam radiações ionizantes para destruir o tumor ou impedir que suas células aumentem.
Porque 28 de Março é dia do médico, Filipe Nyusi considerou que não havia melhor presente que o de inaugurar um serviço que vai melhorar a qualidade de vida dos doentes com cancro.
Um facto confirmado pela Associação de Luta Contra o Cancro que assiste 10 crianças e 40 adultos que padecem de diferentes tipos de cancro.
Com a entrada em funcionamento do serviço de radioterapia, o país vai poupar 5.8 milhões de dólares. É que através da junta médica entre 2016-2018 foram enviados para fora do país 251 doentes com cancro, para fazer radioterapia o que custou aos cofres do Estado 4.8 milhões de dólares. Entretanto ainda persistem vários desafios nesta área.
A equipa do serviço de radioterapia é composta por dois radioncologistas, três físicos médicos, cinco técnicos e um enfermeiro de radioterapia. E foi a este grupo que o chefe de Estado apelou para que conservem os equipamentos.
Nos primeiros dois anos, a manutenção dos equipamentos é da responsabilidade dos parceiros. Para construção do serviço de radioterapia foram investidos 17.2 milhões de dólares do Orçamento Geral do Estado. O tratamento é gratuito e espera-se atender uma média de 300 doentes por ano.
A Organização Mundial da Saúde estima que 70 por cento das pessoas com cancro precisam de tratamento radioterápico.