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Guerra na Ucrânia: Moçambique aponta que impacto é pior nos países em desenvolvimento

Foto: O País

Moçambique aponta que o impacto da guerra russo-ucraniana é pior nos países em vias de desenvolvimento, particularmente os africanos, e apela para se encontrar soluções para a crise gerada pelo conflito. As declarações foram feitas durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, que marcou um ano da invasão russa à Ucrânia. 

A 24 de Fevereiro, foi assinalado o primeiro ano da invasão russa à Ucrânia. Os impactos na conjuntura económica internacional vão tão longe quanto a idade do conflito há muito condenado pela comunidade global, pelo que o Conselho de Segurança das Nações Unidas, reunido em Nova Iorque, replicou o apelo ao cessar-fogo. Na sua intervenção, o representante de Moçambique nas Nações Unidas começou por apontar a necessidade de preocupação com o sofrimento das pessoas assoladas pelo conflito e o impacto nos países africanos.

“Com este conflito, civis, especialmente mulheres e crianças, são assolados por actos de violência e as suas vidas mudaram para sempre. Por outro lado, o conflito tem tido um impacto negativo no comércio interno e externo. O impacto social e económico negativo nos países em via de desenvolvimento, especialmente em África, tem sido grande”, avançou Pedro Comissário.

Comissário manifestou a disponibilidade dos Estados [Africanos] em encontrar alternativas para o aliviar as economias da dependência. “Muitos dos nossos países estão disponíveis a contribuir para a redução dos elevados preços de energia e alimentos e das dificuldades em aceder aos potenciais mercados internacionais.”

Segundo Comissário, numa perspectiva africana, as guerras são resolvidas por via de soluções pacíficas, pelo que as partes devem ser chamadas à mesa de negociações.

“Sabemos que as guerras resultam no sofrimento das pessoas. É nossa missão colectiva, como comunidade internacional, trabalhar para a resolução do conflito por via de negociações e soluções pacíficas. Precisamos de apoiar as partes em guerra e engajar-nos na negociação e soluções pacíficas.”

A reunião do Conselho de Segurança foi convocada para assinalar a passagem do primeiro ano do conflito russo-ucraniano.

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