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Nyusi insta FADM a continuarem a reflectir o patriotismo e unidade nacional

O Presidente da República e Comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique, Filipe Nyusi, instou, esta segunda-feira, em Moatize, Tete, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) a continuarem a ser o reflexo do patriotismo e da unidade nacional, colocando os soldados, praças e os sargentos no topo das prioridades e, de forma visível, intensificar o processo de treino e formação militar para outros patamares da prontidão combativa para responder ao carácter dinâmico das ameaças cada vez mais difusas.

Paralelamente, as Forças Armadas deverão reforçar a capacidade combativa, adequando a doutrina e postura aos desafios do âmbito estratégico operacional. E a respeito disto alerta que as FADM não estão na fase defensiva, mas na ofensiva. Por isso, entende Nyusi, devem promover e desenvolver as relações civis militares através da interacção com as comunidades locais, respeitar os direitos humanos nos teatros operacionais, sendo que, neste último aspecto, o Presidente afirma que o país tem sido um grande exemplo.

As Forças Armadas devem reforçar a boa coordenação nas operações conjuntas e combinadas com as forças irmãs de defesa do Ruanda e com a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês) e aprimorar outros apoios multilaterais e de carácter bilateral em curso.

“Como Governo, continuaremos a criar as condições logísticas que aprimorem a capacidade de intervenção das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, tornando-as aptas para responder a quaisquer desafios de segurança, para que sejam as mais modernas possíveis, direccionando recursos tecnológicos e meios que ajudem na defesa da pátria e soberania”, garantiu Filipe Nyusi.

“Segundo o Chefe de Estado, a situação de segurança na província de Cabo Delgado está no centro das atenções do Governo, pois as acções terroristas perturbam a paz, o bem-estar das populações e regridem os esforços do Governo em prol do desenvolvimento. Ademais, os ataques terroristas provocaram a perda de vidas humanas, o fluxo de deslocados internos, violações sistemáticas dos direitos humanos, destruição de infra-estruturas públicas e privadas, paralisação dos projectos de desenvolvimento, entre outros aspectos”, lê-se na fonte que estamos a citar. E sublinha-se: “É dever das FADM, enquanto instituição responsável pela defesa e salvaguarda da soberania, combater energicamente e eliminar todo e qualquer tipo de ameaça à estabilidade nacional”.

Nyusi diz estar ciente e encorajado com os resultados que estão a ser alcançados no campo operacional, o que se pode notar pelo visível retorno das populações às suas zonas de origem e que pouco a pouco retomam as suas vidas normais. Além disso, registam-se, de forma notável, o retorno das actividades económicas e o normal funcionamento das instituições públicas e privadas em todos os distritos da província de Cabo Delgado.

“Estes resultados em nenhum momento devem significar abrandamento das acções militares. Deverão constituir a causa da intensificação das operações em curso. Não podemos cometer os mesmos erros de desactivar o poderio das Forças de Defesa e Segurança quando consideramos que a batalha foi superada com sucesso. Estamos cientes dos desafios conjunturais, mas as circunstâncias impõem-se a adequar-nos às metamorfoses permanentes que ameaçam a segurança e a viabilidade da nossa agenda”, sublinhou Filipe Nyusi.

 

25 DE SETEMBRO DEVE SER DATA DE REFLEXÃO SOBRE AS AMEAÇAS À PÁTRIA

Ainda ontem, o Presidente da República, Filipe Nyusi, sublinhou, em Moatize, província de Tete, que não se deve resumir apenas à comemoração das conquistas até agora alcançadas pelas FADM, mas um momento de reflexão sobre as profundas e difusas ameaças à defesa da pátria que a cada dia emergem.

“É dia para recordar com emoção todos os heróis do 25 de Setembro; é dia de exaltar os valores da unidade nacional, o espírito patriótico mantido vivo ao longo dos quase 50 anos da independência”, considerou o Presidente”, conforme se lê na nota da Presidência. 

De acordo com Nyusi, Tete é hoje o quartel-general das FADM, e justifica que a escolha daquele ponto do país para acolher as cerimónias centrais obedeceu à lógica de que todo o território nacional é Moçambique, mas sobretudo um tributo ao papel desta província no contexto da luta pela independência.

Segundo o Estadista, nesta província foram travadas renhidas batalhas contra o exército do regime colonial português. Foi em Tete onde as Forças Armadas de Moçambique (FAM) e Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM) repeliram com valentia as investidas do regime racista e minoritário da então Rodésia de Ian Smith.

As cerimónias da data acontecem sob o lema “Forças Armadas de Defesa de Moçambique, uma força credível de elevada prontidão para a defesa de Moçambique, do seu desenvolvimento e prosperidade”. 

O Presidente da República prestou uma homenagem a todos os jovens de 25 de Setembro de 1964, jovens que deram a sua juventude e suas vidas para que, hoje, Moçambique pudesse desfrutar da liberdade do exercício democrático, da paz e progresso como uma nação que se afirma no Conserto das Nações.

“Hoje, o seu legado é devidamente valorizado por sucessivas gerações dos jovens que, ingressando nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique, se inspiram na geração do 25 de Setembro. O 25 de Setembro imortaliza o sacrifício, coragem, bravura e patriotismo dos melhores filhos desta nação que, em diferentes fases da nossa história, têm colocado acima dos seus interesses a defesa da pátria amada”, afirma o Estadista.

Nyusi faz menção ao facto de que desde o alcance da independência o país ter enfrentado desafios diversos que põem em causa o desenvolvimento e a harmonia entre os moçambicanos, referindo-se aos fenómenos naturais cíclicos, hostilidades armadas e actualmente o terrorismo na província de Cabo Delgado.

O Presidente considera a defesa da pátria como a condição primordial para a manutenção de todas as outras formas de independência do país. Por isso, explica que, ao se comemorar o 25 de Setembro, pretende-se imortalizar a data para que as gerações vindouras “conheçam este importante marco histórico e encarem os valores de pertença a esta pátria que custou sangue”.

Por ocasião das celebrações e reconhecimento da participação activa na luta de libertação da pátria nas frentes da luta armada ou clandestinidade; no combate diplomático e da informação e propaganda; nas batalhas triunfais da independência, democracia e paz, bem como no esforço abnegado tendente a valorizar e perpetuar conquistas desta luta decidiu, o Presidente da República condecorou, em todo o país, 979 cidadãos nacionais com a medalha “Veterano da Luta de Libertação de Moçambique”, para quem a entrega abnegada destes sirva de exemplo para as gerações actuais que hoje enfrentam o terrorismo em Cabo Delgado.

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