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Governo quer 60% da população adulta com uma conta bancária até 2030

O Governo quer que 60% da população adulta tenha uma conta bancária em uma instituição formal, e 30% da população adulta com um empréstimo numa instituição financeira. Estes objetivos constam da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (ENIF) 2025-2031, lançada hoje, em Maputo. 

“O alcance das metas definidas na ENIF para 2031 de 60% da população adulta com uma conta bancária em uma instituição formal, e 30% da população adulta com um empréstimo numa instituição financeira, exige a tomada de acções que promovam maior flexibilidade e inclusão no acesso aos serviços financeiros”, disse a Ministra das Finanças durante o seu discurso por ocasião do lançamento da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira. 

Louveira explicou que a estratégia, assente em quatro pilares fundamentais,  visa “assegurar o acesso e uso dos produtos e serviços financeiros de qualidade e acessíveis, através do conhecimento, confiança e segurança providos de forma responsável, que contribuam para o crescimento económico sustentável e inclusivo e o bem-estar da população moçambicana”. 

A governante reconheceu os feitos alcançados pela Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (2016-2022), mas sublinha que persistem ainda alguns desafios. 

“No que diz respeito à percentagem de contas bancárias pela população adulta, registou-se uma evolução modesta, passando de 31,1% em 2015 para cerca de 32,3% no primeiro trimestre de 2025. Este crescimento ficou muito aquém da meta estabelecida na última estratégia, que previa alcançar 60%. Em relação à cobertura geográfica do sistema bancário, a taxa de cobertura dos distritos por agências bancárias aumentou de 68% em 2015 para 82,6% no primeiro trimestre de 2025 (…) Apesar do progresso registado, o país ainda se encontra abaixo da meta de 100% de cobertura distrital definida na última estratégia”, apontou. 

Para fazer frente aos desafios Carla Louveira apela à tomada de acções que promovam maior flexibilidade e inclusão no acesso aos serviços financeiros. 

“Estas metas podem ser alcançadas com reformas profundas no sistema financeiro associadas ao uso de soluções que respondam às características e modus vivendi da nossa população, através de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e a biometria, com o objectivo de acelerar, de forma segura e eficiente, os níveis de inclusão financeira em Moçambique”, explicou.

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