A ministra da cultura, Eldevina Materula, defende que o legado de Chude Mondlane deve ser estudado pelas futuras gerações pois sua vida e obra fazem parte da história da libertação do país. O compromisso foi manifestado durante o “último adeus” da primeira filha do primeiro presidente da Frelimo.
Foi nesta manhã, em Maputo, que familiares e amigos prestaram a última homenagem à cantora, promotora musical e antropóloga, Chude Mondlane, que perdeu a vida na semana passada.
Seu irmão mais velho, Eduardo Mondlane Júnior, revelou que Chude Mondlane foi vítima “da covid-19 entre outras doenças”.
Na ocasião, a ministra da cultura, Eldevina Materula, em representação do governo disse ter apenas uma missão, transferir o legado da artista para o país e para o mundo.
“Neste momento de despedida eterna, o governo de Moçambique, curva-se perante si Chudy Mondlane para enaltecer os seus feitos, reconhecer em nome do povo moçambicano que a sua vida e obra constituem parte do processo histórico da libertação e desenvolvimento do país sempre na perspectiva de construção de uma nação próspera, pacífica, de justiça social. O governo compromete-se similarmente a salvaguardar a sua vida e obra de modo a que seja objecto de consulta, estudo e transmissão nas presentes e futuras gerações . Que esta seja uma missão de todos nós como sociedade.”
Materula, também enalteceu o papel de activismo social e cultural desempenhado por Chude Mondlane.
“Promovendo o que ela própria chamava de arte de resistência, Chude Mondlane influenciou políticas públicas e a sociedade na melhoria da condição de vida da criança, rapariga e da mulher no nosso país. Influenciou igualmente as novas gerações de artistas por meio da cultura e a disseminarem mensagens orientadas para o desenvolvimento.”
Chude Mondlane perdeu a vida aos 66 anos e deixou uma filha.