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Funcionários do Município de Maputo em greve exigem enquadramento na TSU

Mais de 100 funcionários e agentes do Estado, alguns dos quais afectos ao sector de salubridade no Município de Maputo, estiveram em greve esta quinta-feira feira, devido a atrasos de salário, mal enquadramento na Tabela Salarial Única e descontentamento face ao anúncio do não pagamento do décimo terceiro salário.

Na Praça da Independência, debaixo das acácias e encostados mesmo aos caules das árvores, sentados nos carros e mesmo no chãoouviam-se cânticos e assistia-se a danças, mas não era de alegria, mas sim a forma encontrada pelos homens e mulheres para manifestar descontentamento.

Manuel Chigumane, um dos funcionários do Município de Maputo, clarifica o que os leva a reivindicar”: “O problema da TSU que ainda não apanhamos desde Julho; estão a pagar com tabela antiga, nem dizem quando é que vamos ter”.

António Mabjaia, afecto ao sector salubridade, concretamente na área de limpeza, acrescentou a outra razão da manifestação – o não pagamento do 13º salário: “O orçamento foi feito no ano passado para hoje virem nos dizer que não temos 13º nem TSU nem nada. Essas são nossas grandes preocupações, afinal nós somos de onde? Quandoproblemas, dizem que somos funcionários do Estado e, hoje em que há benefícios, já não somos funcionários do Estado”.

Os manifestantes abandonaram os seus postos de trabalho e consigo levaram alguns instrumentos que usam no seu dia-a-dia. Dizem que só vão retomar as actividades assim que as suas preocupações estiverem resolvidas.

Não estamos a trabalhar e [só voltamos] de acordo com a resposta que tivermos. Se for negativa, prefiro dizer aqui que não vamos trabalhar, vamos fechar todos os serviços municipais”, avisou um dos funcionários que falou na condição de anonimato.

Depois de quase quatro horas de negociações, Feliciano Lipanga, em representação dos trabalhadores, veio explicar o que foi discutido: “Foi decidido que tem que se criar uma comissão que vai trabalhar com o município e seguirmos as questões da TSU e fazermos a devida pressão para que haja flexibilidade na disponibilidade do dinheiro.”

O Município de Maputo, por sua vez, disse que, para já,precisa de concluir as negociações com os seus funcionários para depois se pronunciar.

“Estou a dizer que, quando terminarmos o trabalho que estamos a fazer com a comissão, vamos falar com a imprensa”, garantiu Silva Magaia, vereador no Município de Maputo.

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