O secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, agradece a todos que confiaram e votaram no seu partido, permitindo, assim, que pudessem governar em 64 autarquias do país pelos próximos cinco anos.
Roque Silva e outros militantes da Frelimo acompanharam a divulgação dos resultados a partir da sede do partido Frelimo, na Cidade de Maputo. Atentos, só se distraiam a cada vez que Dom Carlos Matsinhe, presidente da CNE, anunciava a vitória do partido num município – nesses momentos, os camaradas celebravam, tocavam “vuvuzelas” e entoavam os hinos daquele partido.
No fim, a celebração foi completa, faltavam apenas fogos de artifício e champanhe. Roque Silva era um homem de poucas palavras, mas nessas agradeceu: “O sucesso das eleições de 11 de Outubro é fruto do envolvimento de toda a sociedade moçambicana, o que demonstra, uma vez mais, que Moçambique tem um povo comprometido com a democracia”.
Segundo o secretário-geral da Frelimo, a vitória nas 64 autarquias é fruto da célebre frase da Frelimo: “A vitória prepara-se, a vitória organiza-se”, uma vez que a preparação não foi feita apenas durante os 15 dias da campanha eleitoral; esta iniciou-se em 2018, logo após as eleições autárquicas daquele ano.
Assim, conforme disse, o seu partido foi-se empenhando, trabalhou com as bases, os órgãos do partido e esteve com o povo nos momentos bons e nos difíceis, como forma de conseguir a consolidação e confiança.
“Durante a situação da COVID-19, com risco bastante, os membros da FRelimo sempre estiveram presentes, procurando formas de ajudar a população a superar, gostaria de recordar os momentos dramáticos da situação do terrorismo em que, depois dos ataques, estavamos lá a consolar a população, tudo isto na preparação de bases para que, chegada a altura, a população pudesse ouvir-nos”, disse Roque Silva.
Apesar de ter perdido na cidade da Beira, Roque Silva diz que a Frelimo vai continuar a contribuir para o desenvolvimento daquele município.
Disse, ainda, estar ciente de que a confirmação dos resultados ainda não terminou, pois cabe ao Conselho Constitucional a sua proclamação, e o seu partido vai aguardar, calma e serena, o desfecho do processo.