A falta de ética na gestão de negócios está a retrair o investimento no sector empresarial, considera o membro do Conselho Superior de Magistratura Administrativa, António Grispos. No seu entender, o sector deve ser íntegro para promover o crescimento da economia.
De acordo com o membro do Conselho Superior de Magistratura Administrativa, António Grispos, o país precisa de empresas robustas, por isso a ética nas firmas é um factor importante para atracção de investimentos e crescimento do sector empresarial nacional.
“Devemos procurar mecanismos de levar soluções para os nossos negócios de forma ética, sem que a situação actual nos leve a esquecer esses valores. Os investidores vão perceber que, mesmo em situações de aflição, vale a pena investir no nosso país”, explicou Grispos.
Um dos factores ligado à ética nas empresas que preocupa a Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) está na existência de poucas empresas no regime jurídico de Sociedades Anónimas.
“Este é um requisito qualitativo importante para a estrutura societária das empresas, que permite transparência na gestão e responsabilidade daqueles que estão a gerir em relação aos accionistas”, disse o presidente do Conselho de Administração da BVM, Salim Valá.
Para a Comissão Central de Ética Pública, o problema prevalece devido à falta de cumprimento das normas dentro dos diferentes sectores, daí que sensibiliza a classe.
“A questão humana é essa, cumprir aquilo que existe e está em cada uma dessas empresas como procedimentos”, apela Páscoa Buque, representante da Comissão Central de Ética Pública.
Os intervenientes falavam, hoje, na Cidade de Maputo, num encontro que tinha como tema “Ética no Investimento Empresarial”.