Mais de 200 famílias continuam a viver em zonas vulneráveis a inundações no distrito de Boane. Segundo o edil Jacinto Loureiro, o município não tem dinheiro para reassentar as pessoas.
Passou a época chuvosa, mas os rastos de destruição prevalecem no distrito de Boane, Província de Maputo.
Segundo o edil de Boane, Jacinto Loureiro, há mais de 200 famílias que carecem de uma nova área habitacional. “Estamos a fazer esforços para realocar as famílias, mas dentro de grandes desafios, porque precisamos de criar novas infra-estruturas nas zonas”, disse Jacinto Loureiro.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Boane, a solução é reassentar as vítimas, mas a missão é quase impossível porque falta dinheiro.
“Por exemplo, precisamos de tendas, material de construção, o município praticamente tem os bolsos vazios. É preciso que os nossos parceiros compreendam a situação e apoiem para que, efectivamente, consigamos reassentar as famílias”, disse.
Esta segunda-feira, no âmbito do projecto de assistência às famílias da empresa Mozal, o governador da Província de Maputo procedeu à entrega de donativos para apoiar as vítimas das inundações.
Júlio Parruque disse que o projecto vai prestar apoio a mais de cinco mil beneficiários com cerca de três mil kits agrícolas, doze mil kits de sementes agrícolas e mil kits alimentares nos distritos de Boane, Namaacha e Moamba.
De acordo com o director dos Assuntos Externos da Mozal, Gil Cumaio, o apoio visa responder às necessidades das vítimas das inundações durante dois meses.
Para os agricultores que viram suas culturas levadas pela água, as ferramentas, os insumos agrícolas e as sementes vão permitir o reinício das suas actividades.