O exército nigeriano matou mais de 60 jihadistas, incluindo líderes do Boko Haram e do ISWAP, em operações no estado de Borno, no nordeste da Nigéria, reforçando o combate ao terrorismo na região.
A lista de mortos na operação inclui um líder ligado ao Boko Haram e à ramificação do grupo, o Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês), disse o exército num comunicado citado pela DW.
As tropas da Operação Hadin Kai, lançada em 2021 contra os grupos que defendem a ‘jihad’ (guerra santa), realizaram “um ataque terrestre e aéreo simultâneo às posições terroristas em Bita, estado de Borno” na sexta-feira.
“A intensa batalha resultou na neutralização de pelo menos 60 terroristas”, disse o exército no comunicado, sem fornecer mais detalhes, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Numa operação separada, as forças especiais da Operação Hadin Kai efetuaram um “ataque de precisão” na sexta-feira contra um reduto-chave do Boko Haram/ISWAP no eixo Kukawa do norte de Borno.
Ainda segundo a DW, os militares nigerianos disseram que abateram Abu Fatima, o seu adjunto, vários especialistas em explosivos e outros elementos do grupo durante uma “intensa troca de tiros”.
A missão foi concluída sem baixas para o exército, que disse também ter recuperado várias espingardas AK-47, carregadores, diversas munições e material para o fabrico de engenhos explosivos.
O nordeste da Nigéria tem sofrido ataques do Boko Haram desde 2009, violência que se intensificou a partir de 2016 com o surgimento do grupo dissidente, o ISWAP.
Ambos os grupos procuram impor um estado islâmico na Nigéria, um país com uma maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35 mil pessoas e provocaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, segundo dados do governo e da ONU.