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Eni avança com poço de pesquisa de hidrocarbonetos em Nampula

Foto: O País Económico

A gigante italiana Eni pode iniciar, em breve, os seus trabalhos de pesquisa na Área A5-A, ao largo do distrito de Angoche, na província de Nampula. A multinacional deve executar o primeiro poço de pesquisa na referida região, com recurso à plataforma de perfuração West Capella, que já se encontra nas águas nacionais.

A empresa Eni Mozambico S.p.A prepara-se para executar o primeiro poço de pesquisa na área A5-A, ao largo do distrito de Angoche, província de Nampula. Para o efeito, já se encontra em águas nacionais a plataforma de perfuração West Capella, propriedade da Aquadrill, contratada pelos concessionários da área, estando, no momento, prestes a atingir o local do poço de pesquisa.

Este desenvolvimento ocorre, segundo o Instituto Nacional de Petróleos (INP), na sequência da conclusão dos trabalhos de avaliação do potencial petrolífero na área concessionada, uma actividade integrada no Programa de Trabalhos acordado com o Governo, no âmbito do Contrato de Concessão para Pesquisa e Produção (CCPP), assinado em Dezembro de 2018, na sequência do quinto concurso de concessão de áreas para pesquisa e produção de hidrocarbonetos, o qual se tornou efectivo em Janeiro do ano seguinte.

A avaliação do potencial petrolífero, durante este primeiro subperíodo de pesquisa da área, culminou com a identificação do prospecto, Raia. Consequentemente, a petrolífera italiana e os seus parceiros decidiram executar o poço Raia.

O INP avança ainda que um dos propósitos da perfuração do poço é investigar a presença de hidrocarbonetos em complexos turbidíticos do terciário.

Refira-se que este é o primeiro poço de pesquisa nesta parte da Bacia de Moçambique que terá a particularidade de permitir a recolha de informação geológica e avaliar o potencial petrolífero da região.

A área A5-A localiza-se ao largo da costa de Angoche, na província de Nampula, a uma profundidade de lâmina de água que varia dos 300 aos 1800 metros. Com uma extensão de 4,612 km2, esta dista a aproximadamente 50 km de Angoche, e 220 km de Nacala.

O consórcio que opera na área é, actualmente, formado pela Eni Mozambico S.p.A. que detém 49,5% de interesse participativo; a Qatar Energy Mozambique, Limitada com 25,5%; a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. com 15,0% e a Sasol Petroleum Mozambique Exploration Lda, com 10,0% respectivamente.

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