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Moçambique está entre os menos atractivos no mercado financeiro

Um estudo sobre mercados financeiros concluiu que Moçambique é um dos países menos atractivos entre os 20 países analisados. A pesquisa foi divulgada esta segunda-feira na cidade de Maputo.

Dentre os 20 países analisados pelo relatório do banco ABSA, Moçambique encontra-se na 18ª posição no mercado financeiro, ou por outra, o país é um dos menos atractivos nessa vertente em África.

Apesar de se encontrar entre os últimos três países que se encontram no fundo da lista “a posição é estável, e há alguns aspectos a realçar de progressos efectuados de um ano para o outro (2017 para 2018) ” disse a Directora da Área de Mercados e Productos do Barclays Bank Mozambique, Patrícia Darsan.

Este progresso, “cria grandes perpectivas para os próximos anos, relacionadas as perpectivas macroeconómicas do país, de nós nos posicionarmos em posições cada vez mais elevadas” disse.

A posição não mostra qualquer variação relativamente ao ranking anterior, uma vez que o número de países aumentou de 17 para 20, e o país saiu da 15ª para 18ª posição. Para tal pesaram a fraca melhoria dos pilares analisados, como fraco o acesso a moeda estrangeira.

Mas o país precisa de encontrar os melhores caminhos para atingir os níveis elevados comparativamente aos países da região e alguns países que fazem parte do estudo é “ investir na melhoria da educação financeira” entende Patrícia Darsan.

Mas há também a “necessidade de melhorar o cesso a moeda estrangeira pois tem bastante peso quando se olha do lado dos investidores” explica a Directora da Área de Mercados e Productos do Barclays Bank Mozambique.

Por fim, Patrícia Darsan disse que é preciso criar um dinamismo de mercado, que favoreça o volume de transações cada vez mais crescente entre os bancos comerciais e o público em geral.

Presente durante a apresentação do Absa Africa Financial Markets Index 2018, o Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu que o país precisa definir de forma clara as suas políticas macrofiscais.

“O aparato macrofiscal é um aparato de decisão de investimento público e de poupança pública que sejam coerentes com a capacidade que tem a economia de absorver a realização dos projectos de investimento” explicou Ari Aisen, o Representante-residente do FMI.

O estudo intitulado Absa Africa Financial Markets Index 2018 analisou seis pilares: A profundidade do mercado, acesso ao câmbio, transparência do mercado, capacidade dos investidores locais, macro oportunidades e exigibilidade dos acordos.   

 

 

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